Imaginantes.
“Só eu sei quem sou. Os outros apenas me imaginam.”
Eis que está frase, retratada em redes sociais, diz muito a meu respeito,
afinal das contas, não são poucas as pessoas que conheci e que apenas me
imaginaram.
Aliás, a maioria imagina errado. A maioria não tem
criatividade para me desvendar. A maioria não tem pureza e transparência para
me compreender. A maioria não tem humor para me levar a sério, tampouco
maturidade para deixar a imaginação de lado e mergulhar profundo, para me
mostrar que vale a pena ser por ela “descoberta”.
Ai, essa maioria! Se fosse interessante eu não
seria, tampouco buscaria, exceções as regras. Regras muito conhecidas e
pouquíssimo admiradas. Essa maioria que imagina demasiadamente errado, deveria
ceder lugar a descobridores.
Quando você deixa de imaginar uma pessoa e passa a
entregar-se a conhecê-la, provavelmente você comece a descobrir quem ela é de
verdade. Seus preconceitos e a sua projeção são seus piores inimigos.
Essa maioria a qual me referi não me vê, apenas por
não ter sabedoria para tanto, mas porque projeta em mim quem ela é, quem as
pessoas que ela conheceu foram e, assim, fico num vão entre as suas experiências
passadas e a sua própria personalidade.
Essa coisa de me imaginar acaba me afastando do
imaginante. Não preciso ser imaginada, quero mesmo é ser descoberta, logo, se
for para imaginar-me assim, erroneamente, fique longe. Meu tempo anda curto
demais para eu desperdiça-lo.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 17 de julho de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.