Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 21 de julho de 2014

“Dar a mão”.

 “Dar a mão”.

Dar a mão não significa "acorrentar uma alma". Shakespeare disse isso. Dar atenção, carinho ou até o próprio corpo não significa isso também. Ademais, almas devem ser livres, ninguém as prende.
Mas dar a mão também não significa perder o amor próprio, a estima por si mesmo, a noção do ridículo, enfim. Depois de algum tempo e experiências de vida a gente não se perde da gente mesmo, independente do que aconteça entre nos e outro alguém.
Ou faz por merecer o nosso apreço, ou rompemos eventuais e ilusórios vínculos. Ser livre é pertencer somente a nós, sem precisar de nada ou de ninguém. Tampouco de restos, de partes ou de migalhas.
Acontece que existem pessoas que superestimam certas palavras, certos atos. Se você diz que “gosta” a uma pessoa despreparada, corre o risco de ela se enaltecer e deixar de tentar lhe conquistar. E, em não mais conquistando, acaba por lhe perder.
Se você faz sexo com uma pessoa insegura, corre o risco de fazê-la pensar que está apaixonada por ela. Corre o risco fazê-la se assustar e de ver naquela situação algo que a motive a se “acomodar”, como se estivéssemos na década de 40.
Ocorre que nem um “eu te amo” aprisiona. Hoje você ama, amanha, diante de uma decepção e algumas latas de cerveja, deixa de amar. Simples, você olha no espelho, gosta do que vê e é àquela imagem que você se apega!
Nenhum bem querer, nenhum “eu te amo”, nem milhares de orgasmos prendem uma pessoa à outra. O que cativa são os atos, o respeito, a valorização, a demonstração de afeto, o resto se perde diante de atos estranhos, egoístas ou tolos.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 21 de julho de 2014.

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