Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Fazer por fazer.

 Fazer por fazer.

Faz muito tempo que li uma pesquisa que a Acid Girl publicou no blog “Acidez Feminina” a respeito do mal estar que o sexo casual causa nas mulheres depois do “bem bom”. O fato é que a pesquisa revela um fato óbvio, não novo. Sexo é bom, muito bom, ninguém nega.
Mas essa coisa de conhecer o cidadão de pouco a nada e ir pra cama com ele não costuma virar em nada que preste, afinal, assim como as pessoas têm necessidades biológicas, assim como a atração lhes fala alto, a necessidade afetiva, em especial num mundo de relações fugazes, é ainda maior.
Ou seja, antes de necessitarem de sexo, os seres humanos necessitam de afeto, de amor, de admiração, de atenção. Orgasmo? Menina, isso você consegue até sozinha! Não precisa ser nenhum psicanalista para saber que você não conquista afeto e amor numa noite de sexo selvagem com uma pessoa que você mal conhece e, menos ainda, confia profundamente e, menos ainda de novo, você nem sabe o que sente a seu respeito.
Caretice a parte, mas sendo muito franca: o sexo é o recheio do bolo, ninguém precisaria comer o recheio sem antes passar pela cobertura. Logo, não custa nada se preservar, se dar a conhecer, conhecer, se envolver para daí ir pra cama com alguém, porque, neste caso, a relação pode ser muito melhor.
Claro que você pode ir pra cama na primeira noite com o sujeito e entabular uma relação amorosa apaixonada com ele. Sempre existem exceções a regra, mas se fosse pra falar de exceção de contos de fadas eu não estaria escrevendo esta crônica.
Sexo casual não alivia carência novinha, ela só mostra a sua e te deixa ainda pior! Se fazer de difícil é ridículo, mas ter maturidade suficiente para postergar a intimidade física até que a intimidade psíquica surja é algo que só mulheres maduras sabem da importância. 
Às vezes é necessário experimentar situações e sentir na pele o bem ou o mal que elas lhe causam, às vezes basta pensar e intuir. Em qualquer caso, vale se valorizar, vale pensar antes de agir e, seja o que for, fazer com consciência para não amargar um vazio depois. Fazer por fazer se for o caso, sem ter nenhum anseio demasiado humano como cerne de seu proceder ou o arrependimento é certo.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 11 de julho de 2014.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.