Fazer por fazer.
Faz muito tempo que li uma pesquisa que a Acid Girl
publicou no blog “Acidez Feminina” a respeito do mal estar que o sexo casual
causa nas mulheres depois do “bem bom”. O fato é que a pesquisa revela um fato
óbvio, não novo. Sexo é bom, muito bom, ninguém nega.
Mas essa coisa de conhecer o cidadão de pouco a
nada e ir pra cama com ele não costuma virar em nada que preste, afinal, assim
como as pessoas têm necessidades biológicas, assim como a atração lhes fala
alto, a necessidade afetiva, em especial num mundo de relações fugazes, é ainda
maior.
Ou seja, antes de necessitarem de sexo, os seres
humanos necessitam de afeto, de amor, de admiração, de atenção. Orgasmo?
Menina, isso você consegue até sozinha! Não precisa ser nenhum psicanalista
para saber que você não conquista afeto e amor numa noite de sexo selvagem com
uma pessoa que você mal conhece e, menos ainda, confia profundamente e, menos
ainda de novo, você nem sabe o que sente a seu respeito.
Caretice a parte, mas sendo muito franca: o sexo é
o recheio do bolo, ninguém precisaria comer o recheio sem antes passar pela
cobertura. Logo, não custa nada se preservar, se dar a conhecer, conhecer, se
envolver para daí ir pra cama com alguém, porque, neste caso, a relação pode
ser muito melhor.
Claro que você pode ir pra cama na primeira noite
com o sujeito e entabular uma relação amorosa apaixonada com ele. Sempre
existem exceções a regra, mas se fosse pra falar de exceção de contos de fadas
eu não estaria escrevendo esta crônica.
Sexo casual não alivia carência novinha, ela só
mostra a sua e te deixa ainda pior! Se fazer de difícil é ridículo, mas ter
maturidade suficiente para postergar a intimidade física até que a intimidade
psíquica surja é algo que só mulheres maduras sabem da importância.
Às vezes é necessário experimentar situações e
sentir na pele o bem ou o mal que elas lhe causam, às vezes basta pensar e
intuir. Em qualquer caso, vale se valorizar, vale pensar antes de agir e, seja
o que for, fazer com consciência para não amargar um vazio depois. Fazer por
fazer se for o caso, sem ter nenhum anseio demasiado humano como cerne de seu
proceder ou o arrependimento é certo.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 11 de julho de 2014.
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