Fumaça e fogo.
Pois é, eu sempre fui da opinião de que ouvir ex de
atual ou gente do passado da pessoa era furada. Sei lá, sempre tem aquele
sujeito mal amado que quer que o outro se lasque e acaba falando demais e até
inventando coisas.
Acontece que, quando o assunto é ausência de caráter
e idoneidade onde há fumaça, há fogo. Digamos que você aproveite 30% do que vai
ouvir, se o cerne do passado do outro é mau caratismo e excesso de mentiras,
vai ser de alguma valia a “investigação”.
Claro, têm coisas que são mutantes, tipo “ele traia
a ex”. Isso você vai ignorar, afinal, pretende ser uma mulher melhor e não levar
guampa. Algo como “ele é beberrão”, também é superável se você ama o cidadão. No
que diz respeito à conduta, a forma de agir e a gênio, a esperança sempre será
a ultima a morrer.
Mas coisas como, ele não paga contas direito, ele
mente para a família, ele mente até sobre a propriedade dos amigos, ele furta
dinheiro de dentro de casa e dá cheque sabendo que não vai poder pagar já é
algo que não costuma mudar. Isso envolve princípios e, princípios não mudam, em
que pese quem não os têm costume dizer o contrário. Uma vez mentiroso, sempre
mentiroso. A mentira é um vicio inútil, mas é um vicio.
Uma vez irresponsável, sempre irresponsável, uma
vez mau caráter, sempre mau caráter. Alcoolismo cura, gênio ruim se supera,
personalidade infiel varia de acordo com a companhia, mas o habito de mentir e
abusar da confiança dos outros não.
A pessoa também é o que já foi, minha amiga.
Acredite, algumas coisas vem de berço, estão na alma e delas ninguém se livra.
Atentar um pouco para o que as pessoas do passado do seu pretenso novo amor
falam a respeito dele pode sim, ser proveitoso. Claro que pode colocar em
dúvida o que ele fala, mas, convenhamos, essa coisa de se atirar as cegas numa relação
costuma terminar em grande frustração.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 07 de julho de 2014.
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