Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 15 de julho de 2014

Interesseiríssimos.

Interesseiríssimos.

Tem gente que gosta de você e tem gente que vê utilidade em você. Você vale, para elas a utilidade que elas lhe atribuem, por mais tosca que seja. Não se trata de admiração, afinidade, respeito ou simpatia sincera, mas apenas de uso.
E isso traz a descartabilidade como consequência: superada a necessidade da sua companhia ou amizade, você fica esquecido. Lamentável, não?! Todavia, pior que ser usado, é ser tão medíocre a ponto de cultivar contatos por necessidade, para usar e descartar. Isso, além de feio, me da pena, muita pena.
Todavia, infelizmente o mundo está cheio de gente “interesseira” e não apenas no aspecto financeiro, como de regra se pensa ao ouvir esta palavra. Tem gente que tem interesse na sua amizade com o dono da casa noturna, pra poder entrar de graça, tem gente que tem interesse no carro que você tem pra poder sair de carona e ignorar a “lei seca”.
Tem gente que tem interesse em ter um amigo bem sucedido para fazer de conta que também é, tem gente que tem interesse na piscina da sua casa pra poder se refrescar de graça, tem gente que tem interesse na sua fase psicológica ruim pra poder se sentir filosofa, psicóloga e profeta perto de você.
Amigos, meu caro, a gente conhece tanto na fase boa, quanto na ruim, mas uma coisa eu garanto: na fase ruim, os que só querem lhe usar, se tornam, de uma forma psicopática, mais “realizados”. Ver o seu sofrimento, lhes faz sentir-se mais inteligentes, mais poderosos e, convenhamos, gente que tem interesse em dizer que tem “muitos” amigos, mas também precisa de um ego inflado, vão lhe amar quando você estiver por baixo deles.
Quando estiver bem, nem preciso dizer o que ocorre com esse povo? Se você tá pagando cerveja, festa, churrasco, eles estão juntos, quando você virar a cara, eles vão falar mal de você e, de preferência, atribuir seu sucesso e realização à sorte. “Sorte”, obviamente, que eles não tiveram.
A conduta de gente que fica perto de você para lhe usar é asquerosa, todavia, para bom entendedor, meia falsidade basta. A gente se afasta, toca a vida e aprende a selecionar melhor as companhias, afinal quem vê nos outros algo útil, só pode ser miserável. Em todos os aspectos, principalmente no moral, e nós não precisamos de companhias assim. Ai que dó!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 15 de julho de 2014.

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