Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 8 de julho de 2014

Sem motivos, sem explicação.

Sem motivos, sem explicação.

A gente não se apaixona pelo abdômen definido, pelas pernas longas, pelo bumbum durinho, pelos olhos da cor da tempestade ou do céu. A gente não ama pelo carro, pela casa, pela conta bancária ou promessa de futuro.
A gente também não ama pelas palavras doces, pelo afeto, pelo carinho ou pelo sexo intenso, também não amamos pela inteligência, pelo conhecimento de idiomas, pela cultura, pelo humor.
Disso tudo a gente gosta, mas o que nos faz gamar em alguém é uma coisa meio inexplicável, é a voz, o toque, uma risadinha que só encanta a nos, são detalhes que só nós percebemos e sentimos. Ninguém entende os seus motivos, nem você mesmo, afinal amor não se liga a motivo algum.
Quando você começa a pensar “mas ele é tão carinhoso”, “ela é tão inteligente”, “apesar de tudo a química é tão grande, o sexo é tão bom”, “mas ela tem um corpão e é tão boa família”, para justificar a si mesmo a necessidade de manter-se ao lado de alguém, é porque você não ama. Você quer amar, mas não ama lá do fundo da alma. Você quer sentir amor e também sente necessidade de companhia, então vai “justificando” para si mesmo o que deve ser forte para você estar com alguém. Indício de carência? Também, pode ser.
O fato é que palavras bonitas iludem, promessas também, corpo, dinheiro e inteligência podem atrair, mas não são suficientes para você amar, para você se apaixonar de corpo, alma e coração por alguém. Se você pensa assim, então nunca amou. Ilusão termina, resta um asco, interesse acaba, fica a admiração.
Amor de verdade não acaba, adormece, porque sem empenho, sem humildade e sem vontade de fazer dar certo até uma relação imersa em amor pode terminar. Mas isso não justifica criar confusões. Amor marca, amor não se explica, para o resto sempre existirão "porquês"
Ao contrário das inúmeras pseudo paixões provenientes de ilusões que vivemos na vida, de um amor de verdade a gente não se livra fácil, não supera apenas por alguma decepção, por exemplo. Quando ficamos com alguém que, pela máscara que veste, nos ilude e depois percebemos que era ilusão, resta-nos certo desprezo. Não era amor.
Todavia, quando conhecemos o melhor lado e o pior de alguém e, ainda assim, somos capazes de sentir uma vontade imensa de ficar ao seu lado ou de voltar para o seu lado, significa que o amamos de verdade. Quando, mesmo conhecendo o seu pior e o seu lado mais terno não conseguimos explicar o porquê nosso coração bate mais forte por alguém, aí assim será amor.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 08 de julho de 2014. 

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