Camuflados.
A maldade das pessoas é uma coisa inominável! E não
falo de quem rouba, trafica ou mata. Falo dessas pessoas “santas” que “não
bebem, não fumam e não falam palavrão”.
Sabe essas pessoas que se dão ao infeliz direito de
falar da vida alheia e, o que é pior, de falar do que não sabem, e, em “não
sabendo”, inventar? Pois é. Por meio de palavras, por meio de fofocas se fazem
mais maldades do que por meio de revólveres e facas.
A fofoca é pura e simplesmente inventada por
idiotas maldosos e espalhada por imbecis que não se importam em verificar a veracidade
de um fato, antes de divulga-lo aos quatro ventos. Sinceramente? Engana-se quem
pensa que a escória da humanidade está dentro de presídios ou hospitais psiquiátricos
forenses.
A escória está ali, ao seu lado na mesa de
trabalho, junto com você no happy hour, pagando seu salário, dizendo que lhe
admira: a escória é essa gente falsa, que inventa coisas a seu respeito, que
fala do que não sabe, que faz pouco caso da verdade, tamanho o seu desejo de
lhe rebaixar, de mostrar-se superior àqueles que julgam. E julgam mal. E julgam
sem saber. E julgam sem conhecer. E julgam inventando mentiras absurdas sobre
fatos que lhes são desconhecidos.
Sabe o seu colega de trabalho, o sujeito que se diz
ser seu amigo? Sabe o seu concorrente, aquele que está do outro lado e não do
seu? Sabe o sujeito que não gosta de perder, que precisa sentir o ego inflado
pra sentir-se contente? Pois é, essa gente que alguns têm como “acima de
qualquer suspeita” podem não andar armadas ou cometendo ilícitos por aí, mas
nem por isso são melhores do que os que cometem.
A maldade não está na prostituta, no ladrãozinho,
no homicida. Não neles, apenas. Às vezes a maldade está naquele que lhes
defende, no órgão que lhes acusam, no sujeito que lhes algema. A maldade,
enfim, veste formas diversas e, não raras vezes, seu tamanho é tão grande que
ela se “camufla” de bondade, de retidão, de “perfeição”. E é nesse momento que
ela se mostra, realmente, abjeta.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 16 de julho de 2014.
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