Coragem?
Sou uma pessoa que tem o hábito de refletir sobre seus próprios atos, sobre os efeitos das suas atitudes, sobre a sua vida, assim, de repente me questionei se eu costumo ser mais covarde ou corajosa.
Então, analisando tudo o que já passei nesta minha existência, concluo que coragem nunca me faltou. Faltou-me equilíbrio, faltou-me paciência, faltou-me ânimo, faltou-me maturidade, mas coragem, nunca.
Se eu já desisti de algo? Sim, de inúmeros planos, de várias pessoas, de poucos amores. Por covardia? Jamais, mas pela coragem de viver sozinha e de buscar outros sonhos, outros planos, outros caminhos.
Não é fácil sair de qualquer zona de conforto, ocorre que eu sou um ser humano que não cria “zonas de conforto”, que não se importa com raízes, com o tempo que decorre, que não se acostuma com alguém ou com alguma relação e por isso a tem como “certa”.
Ou eu me sinto bem, ou eu amo, ou a paixão vibra dentro de mim, ou não esta valendo e eu deixo para trás. Não tenho medo de deixar o “certo pelo duvidoso”, porque eu não crio mais certezas. Para mim não existem pessoas certas, locais certos, destino certo.
A única certeza que tenho é que se e quando eu magoei alguém não foi por querer, não foi por covardia, foi, isto sim, porque eu nasci com duas convicções: a de que a vida termina quando a gente menos espera e a de que somos os seres mais importantes dentro dela.
Logo, eu busco a minha felicidade e o meu bem estar, estejam eles onde estiverem. Eu não tenho medo de errar, de sofrer, porque já errei, já sofri e sobrevivi. Levantei-me, de cada tombo, mais forte do que quando cai, então nada me faz parar, desde que, é claro, esteja de acordo com os meus desejos, com o meu gênio, com a minha personalidade.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 07 de agosto de 2013
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