Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 17 de agosto de 2013

Simples ou não?

Simples ou não? 

Não, eu não sou uma pessoa superficial, uma pessoa rasa, no literal sentido da palavra. Talvez, alguém creia que eu sou complexa ou, até mesmo, complicada, mas não sou. 
Pelo contrário, tenho ojeriza a complicações, a embates. Creio que as relações humanas seriam melhores se as pessoas soubessem mais calar do que falar o que pensam, como se suas ideias fossem verdades universais. 
Eu não tenho nada contra a liberdade de expressão, pelo contrário, tenho um blog e faço apologia a ela, todavia, uma coisa é o exercício deste direito em meios de comunicação, outra, bem diferente, é fazê-lo a qualquer hora, em qualquer momento. 
Para algumas pessoas, não basta crer, é preciso manifestar as suas crenças, ainda que elas contrariem os pensamentos alheios. A isso eu chamo de “complicar” as coisas. 
Se você gosta do outro, da companhia do outro, por que ficar lhe contrariando? Por que impor os seus pensamentos ao outro como se você fosse um poço de sabedoria? 
Não seria mais fácil calar, não seria mais fácil dizer um “aham” e deixar para dar sua opinião num momento oportuno ou, ao menos, quando o outro lhe indagar a respeito? 
Você é dono do que pensa e escravo do que fala, logo, não é mais pertinente calar, pensar, refletir e, apenas depois dizer o que você pensa? Sou uma pessoa que acha muito melhor vivenciar bons momentos ao lado de quem se ama do que expor pensamentos que lhes contrariem, pelo mero capricho de fazê-lo. 
Todos têm o direito de pensar e agir das formas que acham mais saudáveis, da forma que creem ser a melhor, ninguém é obrigado a anuir com suas ideias, assim como você não tem o dever de anuir com as ideias alheias. 
Somos livres para pensarmos como queremos, todavia, se desejamos ter um convívio harmonioso com quem amamos, temos que deixar este direito de lado para exercitarmos o dever que temos de sermos felizes, pacíficos e contentes, ainda que isso custe o nosso silencio e não a nossa expressão aberta, límpida e óbvia. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 17 de agosto de 2013.

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