Acaso
Talvez de uma forma muito remota eu tenha imaginado, algum dia, que precisaria ficar longe de todos que amo para construir a minha vida, para ser feliz na minha profissão.
Foram-se planos, foram-se amores, foram-se risos, foram-se idéias, foram-se sonhos. Ficaram todos para trás e, quiçá, pela frustração que tive com eles, optei por afastar-me da minha terra, das minhas raízes.
A gente tem que ser feliz no lugar que nos faz bem, ao lado de quem nos faz bem. E foi isso, principalmente, que me faltou: alguém que me fizesse bem, alguém pelo qual valeria à pena ter ficado e ter aberto mão de algumas metas.
Toda mulher romântica como eu valoriza o amor acima de muitas coisas. Mas uma coisa é um grande amor, aquele que você vive com uma grande pessoa, com quem você admira, com quem lhe inspira, lhe aceita e lhe faz um bem enorme.
Faltou-me um grande amor! Um grande amor que desse certo, que me impulsionasse a seguir adiante ao seu lado e a superar os obstáculos e as dificuldades, inerentes a qualquer relação. O que, fora minha amada família me prenderia ao Sul?
Está na hora, quiçá, de eu pensar em formar a minha família e, para isso, é preciso estar financeiramente organizada. Então eu deixei meus amados familiares para trás, e vim me aventurar em outra terra.
Se eu desisti de encontrar um amor? Não, claro que não. Quem sabe um dia, numa dessas esquinas, sob o sol escaldante, eu o encontre. Procurá-lo, porém, eu não faço. Fica a cargo do acaso.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 14 de junho de 2013.
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