Intenções e futilidade

Intenções e futilidade 

É incrivelmente interessante como são as suas intenções que determinam a nobreza de seus atos. É por isso que a futilidade e a ausência de cultura são minhas principais inimigas. 

Não suporto gente que vive falando sobre dinheiro, que vive em torno do próprio corpo, que acha que beleza e juventude, valem mais do que elegância, charme, inteligência e maturidade. 

Eu malho. Sim eu treino e me exercito, com um único objetivo: fortalecer o corpo para não padecer mais com as minhas infelizes dores na lombar. E, é claro, como não sou nenhuma criança, quero conservar um corpo bonito durante mais tempo em minha vida. 

Nada contra lutarmos contra a ação da gravidade, nada contra querermos ser elegantes e bonitos, o problema ocorre quando as moçoilas pensam que o corpo é isca. Isca para atrair marido rico, isca para atrair homem, isca para conseguirem sexo e, quiçá, um sujeito poderoso para estar ao seu lado. 

Como eu sempre disse, não importa qual o seu valor se você se vende. Logo, para mim, tão ou mais vis do que as prostitutas e acompanhantes que se encontram por aí, são essas mocinhas, seguidamente, dondocas, que, no intuito de conquistar um homem abastado, se exercitam, fazem plásticas e investem em tratamentos dermatológicos de alto nível. 

Se eu sou a favor da vaidade? Sou, mas com limites. Pessoas são muito mais do que dinheiro, são muito mais do que beleza, do que uma bunda grande e um par de seios siliconados, são muito mais do que uma juventude que nada tem a nos acrescentar, que pouco lê, pouco se informa e nenhum assunto possuem para nos entreter. 

 Seres humanos são os assuntos e a cultura que possuem, são o bom humor que apresentam, são a honestidade, o carisma e o bom gosto que eles têm. Beleza e dinheiro são como ter comida sem possuir pratos em casa, você até tem algo, mas é muito degradante e ridículo usar as mãos para se alimentar, por melhor que seja o alimento. 

 Cláudia de Marchi 

 Sorriso/MT, 09 de junho de 2013.