Maternidade e capacidade de amar
A maternidade é uma responsabilidade homérica que nem todas as mulheres nasceram para ter. Filhos são para sempre e por eles as boas mães abrem mão de seus próprios desejos, vontades e anseios, (talvez por tal certo motivo eu queira ser mãe quando estiver mais madura, financeiramente bem e, obviamente, casada com um homem admirável).
Tira-se a própria roupa para cobrir um filho, deixa-se de namorar, de sair de casa, de ir à academia, de beber com os amigos para dar atenção a um filho. Boas mães usam o máximo de seu tempo para cuidar e dar carinho aos seus rebentos, em especial quando são separadas e eles são pequenos ou jovens, fase na qual carecem de muito esmero materno.
Têm-se desejos e vontades, mas a principal de todas é estar na companhia dos filhos e dar-lhes o máximo de amor e atenção do qual necessitam para tornarem-se pessoas bem resolvidas.
Se você não quer abrir mão de si mesma em prol de alguém, não engravide. Não tenha filhos. Se você não quer ficar em casa quando todo mundo sai, se você não quer tomar suco quando todo mundo se embriaga, se você não quer ir cedo para casa enquanto todos vão se exercitar, não tenha filhos.
Se você não quer deixar a sua vida pessoal e vaidade de lado por amor a alguém, não engravide. Duvide da capacidade de amar das mulheres que têm filhos e os deixam nas mãos de outras pessoas, duvide da bondade e do caráter de quem não se deixa de lado para dar atenção e usar seu tempo com os filhos que tem.
Boas mulheres abrem mão de praticamente tudo pelos seus filhos. Se os pais têm o mesmo dever? Deveriam, mas é hipocrisia dizer que a maternidade e a paternidade são idênticas. O vínculo e a responsabilidade das mulheres são, de regra, psicologicamente maiores.
Somos nós quem carregamos um ser dentro de nosso ventre, somos nós quem temos o poder de gerar uma vida. A responsabilidade psíquica e o apego anímico, das mães em relação aos pais, pela criança são maiores, mas a responsabilidade não deveria ser, todavia existe muita diferença entre o “dever ser” e o “ser”
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 29 de junho de 2013.
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