Descer do salto
A ignorância é, realmente, vizinha da maldade. Pessoas ignorantes acham que, porque conquistaram a sua simpatia, têm o direito de dizer o que bem entendem sem ter o mínimo de empatia.
Ocorre que simpatia é uma coisa, confiança e amizade são outras, completamente diferentes. Em amigos você confia e deles você se dispõe a ouvir praticamente tudo, o que não ocorre entre você e alguém com quem você é, meramente, “simpático”.
Creio que seja por isso que algumas pessoas se fechem para as demais, se tornem mais taciturnas e caladas, para, enfim, não dar a falsa impressão de que são suas intimas e, portanto, elas podem falar o que lhes vem a mente.
Afinal, acaba que, por você ser extrovertido e humorado, dá aos outros a falsa impressão de que eles podem fazer, inclusive, brincadeiras de mau gosto com você e é nesses momentos que você percebe que ser educado, às vezes, é uma droga.
Se você for uma pessoa pouco educada e grosseira corta, de imediato, as brincadeiras de mau gosto dos outros e acaba por restabelecer a paz no convívio: você convive com a outra pessoa, por exemplo, no trabalho, dá e exige respeito, você não é sua amiga e não tem que aguentar brincadeiras toscas e de mau gosto.
Não há muitas dificuldades nisso, o triste é ter que descer do salto e responder ao outro no mesmo nível. Enfim, ser estúpido e grosso para terminar com a liberdade que a outra pessoa, por ignorância, acha que tem.
Bom seria se as pessoas só falassem algo quando fosse útil, necessário e bom, do contrário, que mantivessem suas bocas fechadas, o que evitaria a irritação alheia capaz de fazer-lhe responder a altura dos comentários inúteis, maliciosos e desnecessários (normalmente baixa em necessidade e alta em ignorância, sendo a segunda que cria a "proporção" da resposta) que ouvem.
Bom seria se as pessoas só falassem algo quando fosse útil, necessário e bom, do contrário, que mantivessem suas bocas fechadas, o que evitaria a irritação alheia capaz de fazer-lhe responder a altura dos comentários inúteis, maliciosos e desnecessários (normalmente baixa em necessidade e alta em ignorância, sendo a segunda que cria a "proporção" da resposta) que ouvem.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 15 de junho de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.