Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Na verdade.

Na verdade. 

Eu não vou negar: às vezes eu tenho vontade de ser surda para não ouvir certas imbecilidades que ouço ou cega para não ver os absurdos que vejo. A infidelidade, a imoralidade e a indecência tornarem-se “admiráveis”, por exemplo. 
É muita gente crescida, que deveria ter amadurecido pensando como adolescente, e é muito adolescente com sentimentos, pensando como gente madura. 
Não se sabe mais o que esperar das pessoas. É impossível prever quando virá à decepção, as palavras inapropriadas nos momentos inadequados. É impossível prever quando você vai errar e tropeçar. 
Você segue seu caminho de forma reta, você sonha que encontrará alguém que esteja seguindo o seu caminho da mesma forma, alguém que queira amar, que queira alguém para chamar de seu. 
Então, de repente, você encontra alguém que pensa absurdos, que acha “legal” o que não é admirável, que valoriza o que não tem valor. Que fala uma coisa e, no fundo, pensa outra. 
Logo, mais uma vez você se pega desapontado e decepcionado com os seres humanos e com sua imensa capacidade de falar sem pensar, de não ter empatia, sensibilidade, enfim, com sua incapacidade de se colocar no lugar do outro e omitir pensamentos estúpidos que não precisam ser manifestados. 
Falta o tal do “semancol”, falta as pessoas desenvolverem sensibilidade para saber com quem estão lidando, para tentar sentir o coração do outro e não apenas o seu corpo. Falta tentar ver a alma, a essência e não a aparência. 
Falta, enfim, muita coisa para alguns seres humanos evoluírem, afinal das contas, crescer financeiramente é quase mais fácil do que amadurecer e desenvolver anseios decorosos, decentes, sensíveis e românticos. 
Aliás, tem gente cuja decência é inversamente proporcional ao poder aquisitivo, exemplo disso são os cantores e atores famosos. Na verdade, ou a pessoa deseja amar ou a pessoa deseja usar a vida e aos outros da mesma forma que usa seu cartão de crédito, porém sem a mínima responsabilidade, (nem a de pagar fatura no final do mês). 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 27 de junho de 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.