Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ou soma, ou some.

Ou soma, ou some.

Dia dos namorados se aproximando e é aquele “festival” de reclamações por parte dos solteiros menos felizes com a própria vida. Afinal, como eu sempre digo: se os invejosos conhecessem a realidade dos invejados, não os invejariam. 
Enfim, se antes de reclamarem os solteiros soubessem que nem todo casal vive no mar de rosas que tenta transparecer que vive, que tem muita mulher lisonjeando o parceiro que, na realidade, é infiel, talvez eles pensassem mil vezes antes de lastimar a sua “solidão”. 
Primeiramente, ser sozinho não é sinônimo de ser infeliz e sofredor, em segundo lugar, tem muita gente acompanhada, que dorme e acorda todos os dias com uma pessoa ao seu lado, mas, apesar disso, se sente só e é carente. 
Tem muita gente casada que se sente incompreendida, solitária e pouco cuidada. Pouco amada, afinal quando a gente ama, a gente cuida, quando a gente ama, a gente também quer ser cuidado, quer carinho, atenção e zelo. Quer beijinho, carinho, abraço e palavras de conforto. 
Ocorre que existem pessoas que mantêm relacionamentos por medo de ficarem sozinhas, sem saber que, mais solitárias do que são, sendo pouco amadas e cuidadas, não serão, estando sem companhia. Portanto, frise-se que uma coisa é “ter companhia”, outra, bem diferente, é “não ser solitário”. 
Ademais, você se acostuma a viver sozinho e, de repente, se pega pensando que é preciso ter uma companhia muito acalentadora, muito querida, muito carinhosa, muito inteligente e muito especial para valer a pena sair da tranqüilidade de seu lar, da zona de conforto do seu mundinho cor-de-rosa. 
Ah, mas a sua vida se restringe a trabalho, academia, animais de estimação, filmes, seriados, livros e um hobby? Ótimo! Isso é muito se comparado a ter um parceiro com quem você pouco dialoga, que não lhe beija ardentemente, que não lhe faz companhia quando você precisa, que não lhe compreende, nem se coloca em seu lugar. 
Alguém que não tem empatia, mas, ainda assim, lhe ama. Ama, mas não da forma que você deseja, não da forma que você julga merecer, afinal, você não é nenhuma criança e sabe bem o que quer de um companheiro, de um relacionamento amoroso. Então, antes de querer ter uma boa companhia, aprenda a ser uma boa companhia para si mesmo. 
Use a maturidade a seu favor e desvele o que você quer para a sua vida, comece a confiar mais em você mesmo, para, quando conhecer alguém, não chegar a desperdiçar seu tempo com quem, você bem sabe (ou melhor, “bem irá saber”), não lhe fará feliz no futuro. 
Porque uma coisa a maturidade ensina: a gente sente no primeiro encontro, no primeiro toque de mãos e no primeiro beijo se existe possibilidade da relação dar certo, afinal, às vezes o “intelectual” se afina, mas o físico não. E vice e versa, em alguns casos. 
Enfim, de uma forma ou outra, lá no fundo, você sabe se vai dar certo, mas, dependendo do seu grau de carência ou entusiasmo, você se ilude. Às vezes a pessoa lhe parece muito querida, às vezes você esta se sentindo sem companhia do sexo oposto para dialogar, então a ilusão lhe domina. Mas, enfim, vale hoje e valerá amanha e em qualquer "dia dos namorados", aquela frase: “Ou soma, ou some”. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 06 de junho de 2013.

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