Bom consolo
Tem dias que eu fico realmente desconsertada enquanto penso no que realmente tem valor para as pessoas e como o ser humano é manipulável quando ouve aquilo que quer.
Qual o nexo entre uma coisa e outra? É que, às vezes, ser transparente e sincero, não lhe direciona para a felicidade, para o bem viver, para a harmonia e a alegria, pelo contrário, lhe leva a ser solitário e incompreendido.
Às vezes as pessoas felizes e que conseguem uma companhia amorosa são aquelas que conseguem ser falsas, que anuem com tudo que o outro fala, que não manifestam as suas opiniões, e que são manipuladoras, enfim, usam a falsidade e certo charme a seu favor.
Falam o que o outro quer ouvir, enganam, iludem e, ainda assim, continuam recebendo credibilidade. São pessoas que sabem mentir, que têm malicia, que têm jeito para iludir ao outro.
Então, de repente, me pego só e pensando que a minha decência, a minha franqueza e a minha transparência nem sempre me levaram aos melhores lugares, nem sempre me colocaram frente a frente com a felicidade.
Portanto, novamente eu me indago, mas afinal das contas, que mundo é esse no qual eu vivo? Quais são os valores que imperam nesta vida? E, assim, mais sem resposta e confusa do que antes, eu penso: “Que se dane o mundo e tudo, eu sou eu e me sinto bem assim.” Isso não é muito, mas é um bom consolo.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 24 de junho de 2013.
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