Animais e pessoas
Pode parecer estranho, mas enquanto eu achar que alguns animais são mais gentis e doces do que muitas pessoas por ai, eu continuarei confiando pouco nelas, o que não me torna uma pessoa antipática, mas seletiva.
Seletiva ao extremo. Eu posso conhecer as pessoas, mas só me entrego a elas depois de bem conhecê-las e, ainda assim, não estou imune a equívocos e erros na minha forma de julgar.
Quando assisti ao filme "Sempre ao seu lado" derramei rios de lágrimas, ontem vendo ao final de "Marley e Eu" chorei muito novamente, embora já o tivesse assistido há alguns anos.
De certa forma uma sensação de estranheza me surpreende quando histórias de lealdade entre animais e seus donos são praticamente mais belas do que muita história de amizade entre seres humanos.
Amizades que a inveja, a arrogância, o orgulho e a falsidade atrapalham.
Um bicho lhe ama e lhe dá amor sem se importar se você esta numa boa ou na "fossa", sem precisar de retribuições que não seja um pouco de água e comida. Ademais, ainda que você se esqueça de lhes alimentar, eles continuarão lhe dando carinho incondicional!
É, realmente, diante de amizades que terminam pela ignorância humana, pela vontade de uns em estar acima de outros, em sentirem-se superiores, histórias de afeto entre homens e seus animais continuarão me emocionando mais. Muito mais.
Enquanto “Marley e Eu”, por exemplo, me emocionar mais do que muitos filmes que retratam relações entre pessoas, continuará existindo um indício de que a raça humana esta moralmente defasada.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 16 de junho de 2013.
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