Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 11 de junho de 2013

Momentos estranhos

Momentos estranhos 

 Em alguns momentos é estranha a sensação de estar muito longe da família e dos conhecidos, de estar numa cidade em que eu não conheço praticamente ninguém. 
Abro o Facebook e só vejo noticias das pessoas que estão longe de mim, novidades de inverno das minhas lojas preferidas, promoções de restaurantes que eu frequentava, novidades de dermatologistas que eu ia todo final de verão. 
Enfim, é estranho. Sentir saudade da família é constante, normal e a gente se acostuma a viver com ela, até porque tenho aqui a minha mãe, minha melhor companhia e sei que em breve os familiares que amo virão ficar junto a nós. 
Todavia, estar longe de pessoas que conheço e simpatizo, de coisas, de objetos, de restaurantes, de cidades, de paisagens e sentir certa falta disso é surpreendente. Quando eu estava próxima a tudo isso, eu não valorizava. Agora eu me pego pensando: “Nossa, que legal isso tudo!” 
Que saudade da loja de lingerie da minha amiga, da cuca da Panaro, do churrasco da churrascaria do posto do Basso, da escova do meu cabeleireiro, do pão de queijo da Vó Edi, do vinho colonial do Trento lá de Marau, dos docinhos da padaria Fattini, também, de Marau, enfim. Sinto saudades do mercado, do cinema e até dos bares que eu não ia há muito tempo!
Sinto mais saudades de certas coisas, do que de  algumas pessoas. Embora, eu tenha boas lembranças de certas pessoas que me fazem falta. É, realmente é preciso coragem para se mudar de Estado, para vir enfrentar outra cultura e, entre o trabalho e o pouco tempo para descanso, tentar conhecer outras pessoas. Outras boas pessoas! 
Mas, é assim que a gente faz quando sabe o que quer, quando têm objetivos e sonhos em mente. A gente enfrenta a saudade previsível, a saudade imprevisível, a gente aguenta uma dorzinha no peito, se recorda de bons momentos, se emociona e segue adiante, porque a vida não pára por causa do nosso sentimentalismo. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 11 de junho de 2013.

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