Recalcados
Ninguém tem culpa por você não se relacionar bem com sua mãe, seu pai ou seus irmãos, ninguém tem culpa por seu filho ser rebelde, mimado ou demasiado passivo. Ninguém tem culpa por seu marido ter lhe traído ou abandonado, ninguém tem culpa por você ter barriga ou pele flácida.
Ninguém tem culpa por seus amigos serem falsos, por sua sogra ser maldosa, por você ter engravidado sem planejar, por não ter casado ou por não ter um namorado que lhe ame e faça o possível para estar ao seu lado.
Ninguém tem culpa por seu relacionamento seguir aos trancos e barrancos, pelas brigas que você tem em casa, por suas celeumas de ordem pessoal, intima ou profissional. Ninguém tem culpa por seus problemas, logo, não despeje fel em cima de ser humano algum.
Se você se sente mal, frustrado, traído ou indeciso, ore. Vá a uma igreja, a um centro espírita, siga o rumo evangélico, católico, enfim, qualquer um, mas, por favor, não se torne uma pessoa recalcada.
Faça terapia, vá a um psiquiatra, psicanalista, psicólogo, “psico qualquer coisa”, mas não se torne uma pessoa amarga que não se conforma ao ver a alegria e o bem estar alheios, porque se sente mal na própria pele, porque é infeliz e frustrado.
Não passe a invejar quem esta ao seu redor, porque você crê que a vida dos outros é melhor que a sua, é mais agradável, mais cheia de carinho, de amor e atenção. Seja como for, ninguém tem a vida perfeita, então, não seja tolo, tampouco maldoso.
Enfim, problemas cada um têm os seus, logo, não seja um ser humano problemático, porque os seus lhe afetam, lhe frustram e lhe fazem sentir-se inferior aos outros ou pequeno diante deles.
Sinta-se forte, tente reagir, você não é a única pessoa no mundo a ter problemas e sentir-se mal diante deles, você não é a única pessoa no mundo que sofre calado e acha que a vida de quem lhe cerca é mais feliz que a sua.
Todavia, existem aqueles que, sabendo disso, fogem de sentimentos negativos como a inveja, que, diga-se, é um sentimento que mais aniquila aquele que a sente, pois, a cada dia, ele irá sentir-se menor e mais insignificante perante os problemas que ele mesmo deixa lhe abater.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 17 de junho de 2013.
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