Preguiça
É muita gente vazia, gente interesseira, gente superficial, gente fútil, sem assunto, sem inteligência, sem senso de humor. É muita gente que se acha mais do que é, que tem o nariz mais elevado que a alma!
É muita gente arrogante, presunçosa que ganhou tudo de “mão beijada” e acha que é melhor do que os outros. É muita gente egoísta, interesseira, que valoriza as coisas e usa as pessoas.
É a futilidade, o “interesseirismo” e a superficialidade dominando o mundo de tal forma que eu tenho uma profunda preguiça de conhecer outras pessoas. De repente olho para os lados e vejo que as pessoas que conheço bastam.
Não que elas bastem por serem excelentes, mas por já terem me desapontado o suficiente, com intrigas, inveja, assuntos fúteis, banalidades e grosseria. E, algumas delas, obviamente, por serem boas demais para mim.
Para que conhecer mais gente? Depois de algumas decepções afetivas e pessoais você começa a se questionar a respeito disso. Para se desapontar mais e de novo? Para se frustrar? Para ver que, por melhor que você seja, não encontra quem lhe valorize pelo que você é não pelo que aparenta, nem pelo que possui?
Não é a toa que há alguns anos eu passo meus finais de semana sozinha em casa. Eu, meus filmes, meus gatos, minha mãe e alguma bebida alcoólica para relaxar. Longe de festas, longe de galanteios baseados meramente na minha aparência, vindos de pessoas que, dificilmente, desejam conhecer a minha essência.
Enfim, pensar em conhecer novas pessoas no mundo do jeito que está me dá preguiça. Talvez, com sorte, em algum lugar inesperado surja um milagre em forma de ser humano na minha vida. Talvez não. Mas a preguiça de conhecer pessoas, está eu sei, vai continuar até o dia de o inesperado acontecer.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de junho de 2013.
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