Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 18 de junho de 2013

Segurança excessiva

Segurança excessiva 

Em qualquer relacionamento, tudo o que é demais sobra. Ciúmes, possessividade, individualidade e, inclusive, segurança. Sentir-se seguro demais pode sim, prejudicar o relacionamento. 
A pessoa demasiado segura, que acredita que nada ou ninguém irá afetar o seu relacionamento acaba por deixar de cuidar do outro. A segurança excessiva é, portanto, um caminho muito perigoso. 
Algumas pessoas quando se sentem muito seguras numa relação acham que podem falar tudo o que pensam sobre o outro, sua forma de agir, de pensar e de ser, acham que podem ser mais frias e dispersas, pois “nada” ocorrerá. 
O outro lhe ama, é bondoso e será sempre “seu”. Ocorre que ninguém é de ninguém. O amor próprio, um dia, sempre vem falar mais alto do que qualquer pretensão demasiada e tola de um parceiro distraído e egoísta. 
Da mesma forma, alguns pensam que não precisam se dedicar a cuidar do relacionamento já que o outro lhe ama e lhe aceita como eles são e, portanto, terminam por descuidar-se. 
Acabam não dando ao outro o carinho de que ele necessita, a atenção de que precisa, o amor, o afeto e, não raras vezes, sequer o respeito. As pessoas se sentem demasiado seguras por inúmeras razões, mas nenhuma realmente nobre. 
Existem pessoas que se sentem muito seguras por serem mais abastadas financeiramente do que o parceiro, outros se sentem demasiado seguros por serem mais inteligentes, mais velhos, mais cultos, por terem a profissão melhor, noutros casos por serem mais jovens, mais belos, mais elegantes, mais independentes. 
Enfim, não importa o motivo, sentir-se muito seguro num relacionamento faz com que a pessoa se torne mais fria e relapsa em relação ao companheiro, suas necessidades, seus anseios, sua essência e jeito de ser. 
 Ademais, o amor puro e verdadeiro, em pessoas emocionalmente inteligentes, traz um “eterno” medo de perder, logo, tal qual a uma planta, o amante zela pela relação, regando-a com afeto,  com carinho, enfim, pura e simplesmente cuida do outro, porque amar é, também, cuidar. Amor sem cuidado não leva nenhum relacionamento adiante, amar, apenas, não basta. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 18 de junho de 2013.

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