Alguns dias
Têm dias em que estar na nossa própria pele não passa de uma árdua tarefa. Têm dias em que a gente não tem vontade de ter paciência com ninguém, nem conosco mesmo.
Têm dias que a gente não tem vontade de falar, de sair da cama, de agir, dias em que a televisão é a nossa melhor amiga. Ela e o silêncio. Não são dias costumeiros, são dias raros. Raríssimos!
Mas são dias que todos podem ter. Não é preciso ser depressivo, psicótico, maníaco, bipolar ou ter alguma doença mental, basta ser humano, basta ser sensível, basta ser gente, basta sentir.
Ninguém consegue ser animado, contente e feliz todos os dias da vida, simplesmente porque a vida não é sempre do jeito que gostaríamos que ela fosse. Seguidamente somos usurpados, as pessoas nos iludem, nos mentem, nos enganam e abusam da nossa confiança.
Da mesma forma, não raras vezes, nós damos confiança a quem não merece nada, seguidamente nós nos equivocamos, nos enganamos e depois custamos a nos perdoar e, por isso, sofremos e temos a estranha vontade de sair de dentro de nosso próprio corpo e viver outra vida.
Mas não adianta. A vida requer força, paciência, garra, persistência e, principalmente, perdão. Sim, perdão. Não apenas com quem nos cerca, mas conosco mesmos, se formos incapazes de nos perdoar, seremos incapazes de ser felizes.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 27 de setembro de 2013.
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