Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A Igreja e a Lei

A Igreja e a Lei 

Abstenho-me de dar minhas opiniões religiosas, mas não posso negar que acho que os religiosos, precipuamente os católicos, utilizam-se dos preceitos de sua Igreja, sorrateiramente, a favor de sua forma de viver em detrimento da do próximo. 
Sendo uma religião cristã, deveria pregar o Cristianismo, e com ele todos os seus ensinamentos, em especial o do amor ao próximo, todavia, isso não é mais forte do que a inveja, do que a ira, do que a vontade dos seres falsos de promoverem-se enquanto pisam na moral alheia por suas costas, por pura inveja. 
Enfim, há anos não se faz mais sexo apenas para reprodução da espécie, mulher alguma casa virgem, usa-se modos de contracepção desde a juventude, no entanto casa-se na Igreja de véu e grinalda. Mas, e o aborto? O aborto não pode, é proibido pela Igreja, é proibido por Deus. Pelo mesmo Deus que, segundo a mesma igreja, instituiu os princípios anteriormente referidos. 
Por que uma coisa pode e outra não pode? Porque “uma coisa eu faço outra coisa eu não faço”. Quem faz é a fulana, a sicrana, e fazem escondido, é raro saber quem é que faz e, quando descoberto, caem na boca do povo como se fossem assassinas profissionais. 
Desimportante a minha opinião sobre o aborto. Deixo, porém, claro uma: a lei precisa desvincular-se da religião, a lei precisa se afastar dos preceitos católicos e de seus ditames. Não é justo que condutas sejam criminalizadas com base no que diz a Bíblia ou qualquer outro “livro sagrado”. 
Então, porque não se criminaliza a compra de anticoncepcionais, de camisinhas e da pílula do dia seguinte? Se sexo só pode ocorrer com fins de reprodução da espécie, conduta diversa deveria ser crime, se houvesse lógica neste tema, certo? 
Mas não tem. Não tem, porque juntamente com os princípios ditados pela Igreja sempre esteve a burguesia e seus interesses escusos, a burguesia e seu poder, seu dinheiro bancando a imoralidade por baixo dos panos dourados do falso moralismo. 
Enfim, existem inúmeras antinomias neste assunto, resta-me dizer, no entanto, que a religião e a lei deveriam ser totalmente afastadas sob pena de criar-se um caos para pessoas de bem que nada devem a sociedade, apenas a si mesmos, por não terem visto uma luz no fim do túnel. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 23 de setembro de 2013.

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