Variáveis
Algumas pessoas são necessárias, são importantes e, até mesmo, imprescindíveis em sua vida, outras, porém, não passam de erros e, como tais, merecem ser esquecidas.
Assim como existem dias bons, dias ótimos, dias normais, dias comuns, existem dias ruins, dias que não deviam ter amanhecido, dias em que não deveríamos ter saído na cama.
Acontece. A vida não é invariável, não é inconstante, ao menos não para algumas pessoas. Talvez existam aquelas que conseguem fazer de seus dias uma sequencia ordenada de sentimentos e ocorrências. Talvez existam, não é impossível.
Eu, no entanto, não vivo na ordem, não vivo no perfeito equilíbrio todos os dias. Se a minha vida se subsumisse as paredes da minha casa, aos meus gatos, aos meus textos e aos meus afetos, talvez todos os dias seriam perfeitos, mas não é o que ocorre.
É o trabalho, é o chefe, é o cliente pouco educado, é a energia pesada do ambiente, é o estresse dos outros, é tudo aquilo que nos cerca durante oito horas e não nos faz sempre muito bem, mas nos sustenta, nos mantêm.
O trabalho enobrece a alma. Eu acho que fazer o que a gente ama e ser remunerado por isso enobrece a alma, logo, se eu pudesse escrever e ganhar dinheiro eu seria a pessoa mais feliz do mundo.
A advocacia? Adoro, mas ser cronista, eu amo. Viver em paz na minha casa, com as minhas coisas, com uma camisola, com meus gatos, meus programas de televisão, é a visão de perfeição em minha vida.
Logo, eu costumo viver dias perfeitos nos meus finais de semana, ao lado de quem amo, junto de quem me valoriza, me respeita, e me entende, junto de quem não me julga, não me apedreja sem saber o que sinto e os problemas que circundam a minha alma, fazendo ou deixando de fazer tudo o que eu desejo. Liberdade plena!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 11 de setembro de 2013.
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