Os poucos e bons
Como viver sem nunca se sentir no limite? Como viver sem nunca cansar? Como viver sem nunca se decepcionar com as coisas a nossa volta? Como viver sem nunca fraquejar?
Como viver sem nunca se arrepender? Como viver sem nunca sofrer? Como viver sem nunca estremecer? Como viver sem nunca se atrapalhar? Como viver sem nunca errar?
Como viver sem nunca chorar? Como viver sem nunca se exaurir quando tudo nos leva a exaustão e a decepção? Como fugir do que nos ocorre, enfim? Como fugir da frustração, do desapontamento?
Existem pessoas que desconhecem tais palavras, existem pessoas que não sabem o que é desilusão, desânimo, doença, depressão. Pessoas que normalmente fazem pouco caso do mau estar alheio. Pessoas insensíveis.
Eis que em nossos piores e mais difíceis momentos, a vida faz a gentileza de nos mostrar quem realmente merece nosso apreço. Nos piores momentos descobrimos as melhores pessoas, além dos melhores amigos, mas os indivíduos mais empáticos.
Os mais caridosos e capazes de se colocarem em nosso lugar, mesmo que conheçam, a nós e nossos problemas, de pouco a nada, mas que, sem nos criticar, sem malbaratar o nosso pesar, o nosso sofrimento e a nossa história de vida, conseguem captar a nossa essência e, simplesmente, nos entender e nos compreender. Apenas isso.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 13 de setembro de 2013.
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