Eu, a Pimpo e outras conjeturas.
Às vezes eu sou exagerada, eu peco pelo excesso, mas, ao meu lado, pessoa alguma se sente só ou vazia. Não sei se isso se trata de um dom, acho que não. Sou profunda demais e abarco quem amo neste meu jeito de ser.
Eu acho, ao menos, quem sou eu para garantir como quem me ama, me amava ou conviveu comigo se sentia ao meu lado? Talvez alguns se sentissem sufocados pela minha alegria, pelo meu bom humor, pelo meu calor constante, pela minha insaciabilidade.
Talvez alguns se sentissem pressionados e miúdos diante de uma mulher tão cheia de energia, tão cheia de ânimo. Uma mulher que, quem vê andando pelo mundo, quem conversa, quem a tem como amiga ou subalterna, pouco ou nada a conhece.
Ao menos, eu sei, fui privilegio ou sina de poucos. Foram raros aqueles que entraram no meu coração e, via de consequência, na minha vida, na minha existência, poucos marcaram a minha alma.
Poucos conheceram a “Pimpo” (sem malicias, por favor!), poucos tiveram ciúmes dela e, mais raros ainda, foram os que tentaram compreender, porque é ela quem me faz companhia durante todas as minhas noites sozinhas.
Talvez tenha quem a tenha conhecido, mas não tenha tido o talento para desvendar a mulher que a abraça, a mulher antinômica que é um misto agitado de menina, de criança e de mulherão. Mas um mulherão que é para raros, para poucos, para quase ninguém!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 03 de setembro de 2013.
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