De perto II
De perto ninguém é totalmente lindo, totalmente alegre, totalmente elegante, totalmente feliz e perfeito em tudo o que faz ou diz. De perto as pessoas têm olheiras, dor de cabeça, dor de estomago e vários desejos insaciáveis.
De perto as pessoas acordam com o humor duvidoso e podem sentir-se carentes até quando estão acompanhadas. De perto toda mulher é dominada por hormônios: umas têm mau humor, outras tem desejos por doces, algumas tem preguiça, outras tem a libido aflorada.
De perto a perfeição parece um mito demasiado longínquo das pessoas. De perto só o que a gente pode aferir é que está ou aquela pessoa faz a nossa vida e os nossos dias serem mais felizes, mais leves, mais agradáveis.
De perto, juntamente com a ausência de perfeição, a gente vê o que realmente nos faz bem, naqueles momentos em que somos nós momentos: camisola, óculos, urso no colo, travesseiro entre as pernas, fome de chocolate, desejo de vinho.
É de perto que somos desvelados, é na simplicidade de um dia comum que nos tornamos atingíveis, desvendáveis e límpidos. É assim que as pessoas nos conhecem e podem dizer a si mesmas se é a nossa companhia que elas querem, porque, longe disso, somos pessoas comuns.
Somos mulheres elegantes, mulheres maquiadas, perfumadas, astral elevado, roupa de malhar em dia, creme na pele, protetor solar, lentes de contato, salto alto.
Nos dias normais nós somos normais, talvez até mais belas do que o comum, mas são nos dias comuns que somos nós mesmas e, quem gostar do que sente e vê, que fique! A porta da nossa alma sempre estará aberta, para quem vale a pena, para quem não tem medo, para quem não tem falsos pudores!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 02 de setembro de 2013.
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