Trocando em miúdos.
Eu quero alguém que queira conhecer minhas dores, que descubra tudo o que me faz sorrir e tudo o que, de tanto me judiar, fez de mim quem hoje eu sou. Eu quero alguém assim, destemido, ao qual abraçarei o seu coração e a sua alma para alentar suas dores.
Mas os homens de hoje em dia têm pressa, eles querem a consequência antes dá conquista, mas como ir ao "finalmente" com quem não conquista nosso apreço, admiração e carinho?
Em que mundo eu vivo? Parem-no, eu quero descer e nunca mais voltar! Se tudo e todos forem assim, sem romantismo, tato e inteligência emocional seguirei as minhas tias: morrerei só, mas com a certeza de que eu acreditei encontrar o meu verdadeiro amor, aquele que deseja, mas antes respeita. Eu acreditei nas exceções!
Se as mulheres estragaram os homens na modernidade, com seu amor próprio parco e reles apreço por si mesmas? Talvez, mas falta a esses pobres diabos, inteligência para distinguir o joio do trigo. Miseráveis! Ai que dó!
Claro que não estou generalizando, estou falando do tipo de homem que não analisa as intenções e a moral da “pretendida” e vai logo cantando como se ela fosse qualquer desesperada por sexo e elogios de quinta. Calma lá meus senhores!
Eu sei sobre o que, do que e de quem estou falando e, para alívio da maioria, isso não inclui todos os homens, mas uma parcela deles. E, acreditem, nem todo homem “vai até onde a mulher deixa”, sabem por quê?
Porque pressão psicológica é desconfortável e também humilhante, nestes casos, desistimos e não voltamos a dar conversa com quem nos desrespeita, mas sempre resta a mágoa, a sensação de que somos vistas como aprazíveis objetos.
Talvez alguns homens não tenham compreendido o sumo do que escrevi, simplesmente porque não são mulheres de aparência razoável, num mundo quase depravado. Ademais, eu mesma disse que algumas mulheres estragam os homenzinhos que existem por aí, logo, acho que falta empatia da parte de alguns em compreender o que foi escrito. Quando tiverem filhas, quem sabe, compreenderão mais. Assim espero.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 05 de setembro de 2013.
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