Amar cura.
Rescreva "amargura", para
"amarcura"! Opte por amar a vida, a si, as incoerências humanas, ao
aprendizado diário proveniente até mesmo da dor. Aprenda que para cada
frustração sentida o que existiu foi direcionamento equivocado e demasiado de
expectativas.
Perdoe-se e emancipe-as nas próximas, ou seja, não
as crie! Para a sua amargura, se amar cura, porque quem se ama espalha amor e
sorrisos por onde passa. Ou, na sua impossibilidade espalha respeito e
aceitação do que não lhe é possível modificar.
Você não precisa se tornar um ser amorfo e
totalmente sem empolgação para não criar expectativas, você só precisa viver um
dia após o outro e sentir mais do que pensar. Sim, meu caro, porque
expectativas provém de pensamentos, não de sentimentos.
Expectativas são projeções de desejos
inconscientes, expectativas são projeções do que você deseja no outro e, logo,
provém de mentes aceleradas e imaturas, que mais devaneiam do que observam e
sentem. Você pode ter o direito de ser feliz na vida, de ser feliz no trabalho
ou com alguém, mas não tem o direito de “projetar” no outro seus desejos
profundos sendo que o mesmo os desconhece.
Ah, você acha que não consegue viver normalmente
sem criar expectativas? Então eu acho que você ainda não aprendeu a viver. Vivencie
seus momentos, vivencie seus instantes, vivencie o que vier a sentir, mas não construa
castelos de areia. Empolgar-se é permitido, devanear não.
O que fazer se possível for? Dialogar, compartilhar
o que se sente. Sentir não é pecado, sentir não é esperar. Dialogar, dizer o
que sente também não é pecado. Tolice mesmo é calar-se e imaginar demais, é
jogar fora o termômetro do outro, da racionalidade e da troca de experiências e
desejos para quedar-se inerte nutrindo mil esperanças acerca de quem está ao
seu lado, na sua frente ou em qualquer lugar do mundo.
Imagine menos, viva mais. Sonhe menos, ame mais. Ame
mais, tema menos. Adoce a vida, se dispa um pouco de traumas, medos, receios e
fraquezas. Confie em si, confie em suas escolhas, na sua mente e, sim, no seu
coração, porque só com o cérebro você também pode se enganar.
Você nunca se equivocou fazendo uma conta
matemática de cabeça? Pois é, e, neste caso, é só o cérebro que você usa. E, em
alguma prova na sua vida, você não usou da intuição para “chutar” e acabou
acertando? Pois então, o meio termo é essencial. Para adoçar a vida você não deve
exagerar no sal do cérebro, nem no açúcar do coração. Não “pese” a mão em nada,
mas também não seja tão leve a ponto de tornar-se e tornar a sua própria vida
algo insosso.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 14 de julho de 2015.
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