Abaixo ao coitadismo!
O psicanalista Jung tem uma excelente frase: “Eu
não sou o que me aconteceu, eu sou o que escolho me tornar”. Eu concordo
plenamente, porque, francamente, acho ridícula qualquer atitude humana
vitimista frente a vida.
Não curto pessoas que vivem sobre a sombra do que
lhes fizeram. "Fulano me magoou, por isso fiquei assim". "Fulana
me deixou mal por isso sou assim". Essas pessoas vitimistas/coitadistas me
dão náusea!
Converse com elas: elas nunca deram vazão a nada de
ruim que lhes aconteceu, são todas coitadinhas, vítimas do mundo, vitima do
outro, quase santos apedrejados injustiçadamente que escolhem se tornar estúpidos
com a estupidez sofrida!
Não importa, para mim, o que fizeram com você! Isso
não tem a mínima importância, porque não nutro indulgência por covardes. Sempre
existe a possibilidade de tornar-se alguém melhor, de fazer mea culpa, de
compreender a lei da causa e efeito para, assim, ver que muitas vezes você não
foi a vítima, mas o algoz.
Você se torna quem escolhe ser, o resto é desculpa
fiada que só convence gente imatura e iludível. Você não é o que lhe fizeram,
mas o que você fez com o que fizeram de você! Você se torna alguém melhor
quando analisa qual foi a sua ação para cada reação do mundo e da vida em
relação a você.
Não existem pessoas plenamente inocentes de nada
nesta vida. Não existe quem nunca tenha agido mal, pensado o mal, feito o mal
e, depois, se “visto” em maus lençóis, portanto, pessoas boas não se fazem de
coitadas, elas recolhem seus pedaços e aprendem com o ocorrido, mas, sobretudo,
não se imergem em amargura e fel.
Por que se tornar alguém amargo, rude e complexado
se você pode (e deve) resolver seus fantasmas interiores? Como? De diversas formas:
com terapia, psicólogo, leitura, dialogo, paciência, medico, como for, sempre
existirá uma forma de você se “revolver” e voltar a bem viver ou melhor e se
tornar alguém melhor.
Houve um tempo em que vitimismo me fazia compadecer.
Aquela historia tosca de que “minha ex foi injusta, meus pais são injustos,
meus irmãos são injustos, meus amigos são injustos, meus funcionários são ingratos,
meus conhecidos me invejam, ninguém me ajuda, ninguém me ama, ninguém me
entende e blá, blá, blá”.
Certa vez cheguei a ouvir um cidadão dizer que uma
ficante foi injusta, porque engravidou e entrou na justiça cobrando exacerbado
valor de pensão. Sim, talvez o valor tenha sido demasiado, mas e o filho, foi
feito como? Com o “poder do pensamento”?
“Ah, me denunciaram na policia federal e ela me
pegou”. Sim, mas a denuncia, por acaso foi falsa? Você foi vitima do judiciário
e da policia? E você não fez nada para alguém chegar a tal ponto? Não magoou, não
agrediu física, psíquica ou moralmente? Uau, então sua história daria um filme irlandês
no melhor estilo de “Em nome do pai”! E, convenhamos que no filme, baseado em
fatos reais, ninguém se tornou um coitadista “reclamão” e mal humorado!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 1º de julho de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.