Sexo e casamento, prazer e ser humano, hipocrisia e
infelicidade: o homem e seu falso moralismo.
Ah, o ser humano e sua hipocrisia! "Case-se
com alguém com quem você goste de conversar...", blá, blá, blá! Excelente,
mas não é razoavelmente lógico que qualquer relação precisa de, no mínimo, bons
diálogos? Como amar alguém com quem você discorda de 90% do que ouve?
"É preciso ter o outro como amigo", ah
vá! Cachorros também são amigos, amigo é amigo! As pessoas adoram dizer que
sexo não é tudo numa relação. E, claro sozinho não é, aliás sendo tautológica:
nada é "tudo" numa relação!
Relacionamentos são um conjunto de muitas coisas,
mas onde falta o sexo, nasce a frustração e a infidelidade! O desejo por outro.
Você precisa casar com quem lhe realize na cama e eu não falo desse "sexo
básico" que você pensa, falo de explosão de desejo, de tesão imenso, de
saliva, gemidos e prazer que falam mais que mil palavras.
Química de alma que realiza os poros, não meramente
de "sexo quente", falo de sexo especial, tarado, depravado, daquele
que lhe mostra despido não só das roupas, mas dos pudores, que despe a alma,
que despe a vergonha, que despe a hipocrisia.
Ninguém vive um casamento feliz com sexo "meia
boca", a menos que se contente com pouco, porque existem as crianças,
existe a sociedade, existe a partilha de bens, a pensão alimentícia, o padre,
os amigos em comum e o manto da hipocrisia! Ou do desconhecimento do que seja
prazer de verdade, química especial e coisas afins.
Transar qualquer um transa, mas você deve casar com
quem lhe oferece a melhor transa da sua vida. "Ah, mas se sexo segurasse
casamento as putas estavam todas casadas", ah não diga!? Putas são pagas
para dar prazer e onde não há reciprocidade não flui sentimento de verdade!
Sexo não é tudo, mas é no mínimo 90%. Não segura
relacionamento, mas sozinho nada segura. É preciso admiração, respeito,
cumplicidade, desejo, carinho, doçura e cama, muita cama, além de muita
criatividade e parceria! Alias, analisando o uso desta ultima palavra a gente
verifica que aquele com quem fazemos sexo é o que? Parceiro!
O melhor da vida nasce na cama e adormece nela,
assim com o amor, assim com o casamento que se mantém pela vontade de um ter o
outro ao seu lado, na cama e fora dela. No prazer e na dor, mas que aquele
predomine, porque se tem uma coisa que o ser humano gosta e precisa é de
prazer, com o perdão dos hipócritas, claro!
É fácil me chamar de fútil, porque na minha
concepção sexo é 90% de uma relação, de um casamento. Diz quem escolheu o
marido pelo sobrenome, pelo poder aquisitivo, pela família abonada, pelos
milhares de hectares, pelo carro, pela mansão, ou então pelo bíceps, pelas
pernas saradas, pelo corpo.
Diz o cara que escolheu a esposa pelo tamanho dos
peitos, pela bunda, pela bondade e benevolência do sogro ou até pelo servilismo
da infeliz que estava precisando de um pai para o filho e aceitaria o que
"viesse". Futilidade então? Cada um com a sua.
Eu me importo com cérebro, cama e diálogo, (não
necessariamente nesta ordem). Cuide do ser "eu" fútil e seja feliz, o
meu está muito bem cuidado seguindo a "política" do antes só do que
mal apaixonado. Fora isso, quando se trata de corpo, alma, desejo e coração acho
que sempre existirá razão. Todavia, se o "tesão" se liga à conta
bancária ou poder, então a razão é da "putice", mas, deixe estar!
Cada um com a pessoa fútil que merece e "na sua", mas com alguma
coisa em comum!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 11 de julho de 2015.
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