Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 5 de julho de 2015

Muita aparência, pouca essência.


Muita aparência, pouca essência.

Época curiosa! Todo mundo cobiçando corpos sarados, barriga sarada, bunda dura, aparência bonita, melenas longas e loiras, carro caro, casa chique, roupas de marca, sexo fácil, amizade pra balada, livros de auto ajuda ou romance americano de final previsível.
A maioria cobiçando o "traseiro" da atriz "peladona" da vez, o corpo do Rodrigo Lombardi, a conta bancária dos ricos em detrimento de eventual desonestidade ou superficialidade que lhes circundem.
Eu sou uma pessoa destemida, intensa e que se joga em tudo o que gosta, do trabalho ao espeto de picanha, da salada ao vinho, dos seriados aos filmes, do livro jurídico ou de psicologia ao meu bom e velho Nietzsche. Não faço nada por fazer e pouco me lixo para contas fartas e corpos definidos.
Eu gosto de fartura sim, mas de idéias, de pensamentos, de sentimento, de coração, de honestidade, de bom senso. E, claro de carinho e comida. Olhos verdes? Ombros largos? Barriga tanquinho? Land Rover? Milhares de hectares? "Doutor"? Eu dispenso, pois ainda prefiro atitude, sagacidade, persistência, humor, segurança, auto confiança e inteligência.
Abundância de conteúdo, independente da estética, das roupas, da grana. Eu quero próximo a mim o que excite aos meus poros, meus ouvidos, meu olfato e meu cérebro, porque, do amor ao orgasmo feminino, tudo começa ali em cima naquela região erógena chamada cérebro.
Aquele que comanda cada parte do nosso corpo, do nosso querer e dos nossos atos. Aquele que me atrai ou, apenas, me faz repelir e anojar. Cérebro, conteúdo, profundidade, porque eu gosto de me jogar de cabeça e fazer isso com gente rasa gera traumatismo craniano e o meu crânio vale muito para ser desvalorizado pela própria "dona".
Beleza pode até atrair, mas nada se compara ao charme de uma mente inteligente, bocas carnudas atraem, mas nada se compara ao quão sexy pode ser uma boca que fala com segurança, com sensatez, com humildade, em que pese a certeza por detrás das ideias e convicções expressas que, por serem oriundas de uma mente com bom senso, não são imutáveis.
Uma mente bela, bem resolvida, firme e interessante mexe comigo, com meu corpo e com minha inspiração. Uma pessoa que saiba dialogar sem se auto enaltecer e elogiar-se tem em si algo de extremamente excitante e instigante. Eu adoro!
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 05 de julho de 2015. 

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