Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Só isso é seu “tudo”?

Só isso é seu “tudo”?

Tem dias que a gente fica confusa! Já não sabe se o cidadão que vive arrotando felicidade é, de fato, feliz, viciado em algum psicotrópico ou em algo ilícito, se bebe demais, se é bipolar ou se é feliz mesmo.
Dias em que a gente já não sabe se o sujeito tem uma moral idônea ou é um hipócrita, se é uma pessoa auto confiante ou só mais um idiota que supervaloriza a si mesmo e as suas opiniões que, segundo pensa, são fruto de um profundo e intenso conhecimento "de sei lá eu o que".
Dessas "coisas" que só quem é muito sábio poderia nos dizer, independente dos anos vividos, das experiências tidas e dos livros lidos. Enfim, tem dias que a gente não sabe se da risada do outro ou se lamenta o seu ego problemático.
Dias que não sabemos se há autenticidade ou uma vontade insana de chamar a atenção para si, de ser "diferente", de ser superior e de ser admirado por todos! Enfim, existem dias que a gente conclui que faltam psicoterapeutas, psicólogos e psiquiatras para tanta gente insana e de atos apavorantemente grotescos, salientes e deselegantes neste mundo e, claro, para você que percebe como a vida pode ser um teste constante e cruel a sua inteligência emocional!
Sei lá, é muito ser humano metido a desafiador, aquela coisa “e nem vem, porque quem manja aqui sou eu” que eu paro e penso: “Nossa, isso é tão ‘eu’ no início dos anos 2000!”. Uma fase em que eu era tão cheia de certezas, de convicções, de “eu sou assim, eu sou assado” que até eu pego um nojinho daquele ser cheio de certezas, coluna ereta, nariz empinado e bunda arrebitada que eu já fui.
Poderia o “mestre dos mestres” em determinado assunto vir me falar, ah, nada importava! Porque eu estive em tal lugar, porque eu trabalhei com tal coisa, porque eu vi muito isso, muito aquilo, porque eu sei do que eu estou falando, porque eu sei, eu sei, eu sei e você seu “metido” pegue a sua opinião não solicitada e guarde para si!
Como se alguém maduro e em sã consciência fosse querer discutir com uma jovem impetuosa e cheia de certezas, né?! Nada como um livro após o outro, uma experiência após a outra, um ano após o outro e muito ouvir, pouco falar e muita atenção prestarmos na vida para mudarmos.
E, hoje, quando me deparo com esses seres cheios de si, de “quenturas”, de convicções, de opiniões expressadas de forma desafiadora e grosseira, eu penso: “Ai que dó?!”. Seria esta pessoa só isso ou em algum dia ela vai mostrar que tem algo de melhor dentro dela?
E este melhor, sabe como se chama? Humildade, resignação e capacidade de se expressar sem aparentar ser o dono das verdades do universo, só porque “acha” que sabe tudo a respeito de algo ou de tudo. Enfim, nunca subestime a capacidade de um idiota arrogante em fazer idiotias arrogantes.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 02 de julho de 2015. 

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