O excelente não se “doa” fácil.
Semana passada conversava com duas amigas e, se
referindo a uma conhecida em comum e sua inabilidade em manter relações sérias uma
das duas referiu-se a ela dizendo: “Fulana não é mulher de um homem só, a bicha
gosta mesmo de dar.”
Pra começar não curto o termo dar, porque acho
machista, afinal a mulher é quem escolhe com quem transa e após alguns orgasmos
o cara não “leva” nada dela, tipo, não vai “levar” pra casa uma vagina ou par
de seios, não é? Ou seja, a mulher não deu nada, eles só tiveram uma relação sexual.
Pronto!
Mas, enfim, fato é que antes de gostar de sexo a
gente precisa gostar da gente e, gostando do que temos dentro do cérebro e
entre as nossas pernas, não custa nada selecionarmos né?! Uma busca racional e
logica por uma companhia agradável, sem pedantismo, sem desespero, sem atos
tolos.
Assim como a modernidade e o feminismo não nos tiram
a sensibilidade, logo, se gostamos de alguém, se o sexo é bom e há confiança e
afinidades, porque não querer mais do mesmo? Acho doentio uma pessoa precisar
variar de parceiros com tanta assiduidade ao longo da vida.
Releia a ultima frase. Releu? Eu falei pessoas e não
mulheres. Acho que homem que se preza e que sabe o seu valor também não precisa
sair caçando várias, a menos que nenhuma o satisfaça realmente ou sei lá! Talvez
procurar um terapeuta resolva, mas esse povo prefere encher a cara a se “curar”.
Enfim, essa necessidade de ter que transar com alguém
e dormir acompanhado, de ter que ter um número variável de parceiros, ah, isso não
é saudável meu amigo! Aliás, é uma característica da histeria certa
pseudo-hipersexualidade, vontade de chamar a atenção, de ser foco do desejo
alheio e de realizar-se desenfreadamente, sendo que, por mais que variam os parceiros,
a realização genuína não chega. É encenação, faz de conta, teatralidade. E
ainda tem gente que acha isso sexy! Vai entender esse povo desinformado e
superficial!
Não custa dar um conselho né?! Amiguinho, você
costuma doar filé mignon? Suponha que você abateu um boi, vai ser o filé que
você vai oferecer pro seu amigo ou vizinho em doação? Não né?! Porque o
excelente a gente guarda pra gente, o contrafilé você até doa com facilidade,
mas o que é mais “nobre” vai preservar.
Logo, suponha que a pessoa seja boa a ponto de se
considerar a “la crème de la créme”, o filé, no caso do exemplo, você acha que
ela vai sair “distribuindo-se” por aí? Tenha certeza que não, a menos que seja
psiquiatricamente enferma, mas, neste caso, não será filé, será uma peça de
picanha com mais de 1,5 kg.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 30 de julho de 2015.
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