Cada um na sua, mas com alguma coisa em comum.
Recordo-me de uma propaganda antiga da marca de
cigarros “Free” que tinha o seguinte chamariz: "Cada um na sua, mas com
alguma coisa em comum.". Lembro-me também da canção do Barão que dizia que
"todo mundo é parecido quando sente dor".
Enfim, somos únicos no mundo, mas com tendência a
semelhanças. Homens reclamam de mulheres, mulheres de homens. Todavia, aquilo
que a sua primeira namorada desejava de você, no quesito atenção e afeto,
tenderá a ser o mesmo que a sua namorada do bailinho de idosos aos 85 anos
desejará.
O mesmo em relação ao seu namorado, ao homenzinho
que lhe beijou pela primeira vez. Beleza? Bunda grande? Bom humor? Vontade de
transar constante? Inteligência? Pois é, alguns atributos atraem gregos e
troianos.
E as gregas? Mulheres gostam de segurança, de
romantismo na medida, sem insegurança, sem melação, mas algo que lhes faça sentirem-se
únicas. Mulheres querem sentirem-se amadas, é por isso que existiam os
cavalheiros!
Sabe?! Aqueles que abriam a porta do carro,
mandavam rosas, escreviam poemas, andavam do lado esquerdo da rua, faziam
surpresas, elogiavam. Por quê? Porque praticamente todas (medo de generalizar!)
gostam de cuidado e do "bom trato". Pode ser a mulher simples ou a
sofisticada, a brejeira ou a urbana.
Homens e mulheres se sentem amados de forma
diferente! Homens é na cama, mulheres é em público. Tanto que relevam eventual
descompasso sexual quando sentem-se adoradas. Homens se apaixonam pelo sexo
bom, podem deixar a esposa por isso, mulheres fazem isso pelo cara mais
afetuoso.
Até na traição o que motiva um e outro difere! Ademais,
sou da opinião de que guampa e golpe do bilhete premiado só leva quem faz por
merecer. Estranho! Para algumas pessoas isso é complicado, difícil, para mim é
simples, humano, elementar. Bem, eu gosto de diálogos, de conhecer pessoas e de
observá-las, acabo, portanto desvelando a superfície humana.
E compreendendo que cada ser se sente livre de uma
forma, bem sucedido de outra, mas, no amor e na dor os sexos se aproximam, se
assemelham, afinal, se masoquismo sexual pode ser excitante, o afetivo não é.
Segurança, atenção, sexo e carinho: qualquer um
curte, em que pese uns valorizem mais uma coisa do que outra, o certo é que o
prazer é um anseio humano, do ventre ao leito de morte.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 07 de abril de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.