Plano de vida.
Meu plano de vida: evitar pessoas que não me olham
nos olhos, amores com muitas palavras e poucos atos, pessoas dispersas e
desatenciosas, pessoas sem sangue quente nas veias, criaturas paradas e sem
ação, gente que não altera o tom de voz nem se indigna com nada.
Evitar eventual ausência de interesse e foco em
mim, dividir minha atenção com alguém (ou sou tudo ou não sou nada!), comida
sem sal, cerveja sem álcool, vinho sem sabor, comida sem tempero, picanha muito
assada, pimenta que não queima, queijo sem lactose, pessoas sem atitude,
amizade sem lealdade, sexo sem paixão (fazer por fazer não, por favor!
Conquista é tudo, para todo o resto existem prostíbulos), amores sem sexo, apertos
de mãos "moles".
Passar longe de sonhos medíocres (só com dinheiro,
sem realização intima e de ego, por exemplo), pessoas fúteis, pessoas que calam
sobre si e falam sobre pessoas (nada pode ser mais horripilante para mim!),
criaturas sem senso de humor, indivíduos que confundem rispidez, grossura e
deselegância com franqueza e "sarcasmo", pessoas que não sorriem,
gente que não tem espelho, pessoas que não batalham pelo que amam.
Aprender a identificar e ficar distante de criaturas
que precisam se drogar para ver a vida mais bela, gente sem tesão na vida,
amores que não peguem na mão, gente que não "pire" e dance ouvindo um
rock dos bons e nem conheça as clássicas do Milionário e José Rico.
Evitar com esmero pessoas que observam e criticam,
mas não colocam a cara a tapa, gente que precisa menosprezar o outro para se
sentir "gente", gente que não se ama ou valoriza, mas quer ser
estimada, gente mal resolvida, homem que gosta do inacessível e com vocação
para corno.
Reconhecer que sou demasiado ativa e evitar pessoas
que preferem dormir a viver, gente parada, gente insossa, gente sem riso
frouxo, gente que tem mais fé em religião do que em si, gente insegura e
amedrontada, crianças agitadas, pessoas que acreditam na bíblia, mas não agem
com bondade, gente que não me faça rir e pessoas que não riem das minhas piadas
e "pegadas" sarcásticas.
Enfim, essa sou eu e minhas escolhas. E que seja
(sempre) doce! E será, porque eu quero que seja. Não amarguei nada até hoje: eu
opto, eu aprendo, me resigno e o rol de exigências docemente aumenta.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 16 de abril de 2015.
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