Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 26 de abril de 2015

Falocentrismo.


Falocentrismo.

O meu grande problema: ser alegre, sorridente e educada! Homens despreparados para a vida e egocêntricos (falocêntricos, para ser exata) não distinguem simpatia e educação de flerte.
Quer saber? Azar o deles! Mudar eu não mudo. Não quero. Nem consigo. Custa as pessoas terem espelho e noção do ridículo? Acho que não! Depois viram piada e acham que "abafam". Caso de tratamento psiquiátrico, com certeza!
Desde quando você sorrir, responder educadamente, ser gentil e não grosseira significa que você está a fim de um cara? Fosse assim, nove em dez atendentes de pedágio estariam flertando e não trabalhando!
Eu sorrio até para as paredes meu amigo! Eu sou uma pessoa alegre, de bem com a vida e simpática! O fato de eu ser educada com você, além de ser naturalmente sorridente só significa uma coisa: eu sou educada! E ponto final.
Será que é preciso ser grosseira e sair distribuindo “vai se enxergar” por aí?! Será que a idiotia masculina é a tal ponto grande? Agora, criatura mandar whatts com flerte, ligar para fazer convites indecorosos não é lisonjeiro, pelo contrário, é humilhante.
Primeiramente: você sabe que de bonito não tem muita coisa? Você sabe que é casado ou tem namorada? Você sabe que já se assanhou para inúmeras mulheres que conheço? Você sabe que se veste ridiculamente mal? Você sabe que sou educada, porque, sei lá, dou aula para você, por exemplo?
Ah, não, não sabe?! Então, meu caro, você precisa urgentemente fazer analise, se tratar ou coisa assim. Nem toda mulher que é alegre e de bem com a vida é piranha e está disposta a cair na sua trova de quinta categoria!
Creio que isso seja fruto de uma criação machista que faz com que às mulheres seja imposta a tarefa de se vestir como “mocinha”, a tarefa de fechar as pernas quando senta e de andar direitinho para não atrair olhares e ao homem a tarefa de “trovar” a menina que não aja de forma recatada e pseudopudica.
Aos homens é dado o direito de desrespeitar, às mulheres é imposto o dever de cercearem sua liberdade e, assim, “darem-se o devido respeito” como se não fossemos dele dignas pelo simples fato de sermos humanas e não objetos ao arbítrio das necessidades fisiológicas masculinas para os quais, convenhamos, também foi dado o direito de pensar com o pênis e não com o cérebro.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 26 de abril de 2015.

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