O barato da vida.
Sou combatente de qualquer tipo de “viagem”
psíquica. De porres a drogas e medicamentos. Sou a favor da cura do tédio ou do
“sei lá o que” pela terapia, pelo dialogo, pela arte, pela paixão, pelo sexo,
que seja!
Sou a favor de sentir cada vibração da vida ao
máximo. É possível se “chapar” de vida, meu amigo! É preciso se “chapar” de
amor, de paixão! É preciso tirar barato do sexo, tirar barato do acordar de
manha e ver o sol, da leitura, do filme, do dialogo. Até uma discussão aumenta
a adrenalina e dá uma “emoçãozinha”.
Conheço pessoas que adoram maconha e drogas afins,
também conheci outros que adoram beber demais. Acham que se denominam, acham
que são donos de seus vícios. Eu discordo. Uma vez na vida provar alguma droga
é até interessante para ser experiente. Um porre na vida, ao menos, todo mundo
toma. E que álcool é droga eu não duvido.
Acontece que os maconheiros habituais vivem
anestesiados. Algo como: “E daí que o chefe me chamou a atenção? Vou fumar meu
baseado e relaxar”. “E daí que a mulher não me quer mais? Vou fumar meu baseado
e relaxar”. “E daí que eu gasto um monte com erva? Vou fumar um baseado e esquecer-se
das dividas e do que eu não tenho e nem ambiciono ter.”
Caramba, amigo, então isso é positivo? Viver
viajando, amenizando a tristeza, amenizando a frustração, amenizando a raiva e,
assim, não aprender, sequer a lidar com seus próprios sentimentos. Amiguinho,
presta atenção: beber para esquecer, fumar para esquecer, cheirar para
esquecer, não vai resolver nada.
Só vai fazer você esquecer-se de algo, lembrar-se
depois e por não ter habilidade para lidar, beber, fumar e cheirar de novo. Simples!
O caminho para gozar bem a vida (em ambos os sentidos) é se conhecer, aprender
a lidar com suas falhas, aprimorar-se e, enfim, amadurecer respeitando seus
limites, mas buscando o aprimoramento e não a anestesia. Meu caro, sem um pouco
de dor ninguém sequer nasce, muito menos cresce!
Para viver o “barato” da vida basta ser intenso,
basta ser apaixonado por viver. Mas tem gente que prefere ficar lento como uma
lesma, de raciocínio, impulso e movimentos, tem gente que prefere se extasiar
sem motivo, como se a “realidade” não fosse bater a porta após o efeito da
droga passar. Ah, mas tem o uso terapêutico!? Ah, isso é outra coisa, bem
diferente. Agora, precisar de drogas para ser feliz lamento, mas é uma prova de
que de “feliz” você não tem nada. Você é “amortecido”, além de iludido.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 14 de abril de 2015.
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