Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Eu, espelho.

Eu, espelho.

Sim, eu sou feminista, mas, por favor, me dê o direito de ser mulherzinha! Sim, mulherzinha! Dessa que gosta de ser conquistada, que gosta de flores, que gosta de ligações, de mensagens, de joias, de presentes, de mimos, de chocolates!
Dessa que gosta de ser procurada, porque não procura, dessas que gosta de ser galanteada, porque não galanteia. Dessa que gosta que abram a porta do carro, que tratem com respeito e que chegue mostrando que valoriza.
Não, eu não vou lhe procurar. Não, eu não vou lhe ligar. Não, eu não vou lhe mandar mensagem de madrugada. O máximo que faço é um tal de “prazer conhecer-te”. E só. Se, mesmo tendo meu numero, você não me procura, não me faz convites, não toma atitude alguma, então, me perdoe, mas eu sou orgulhosa. Eu é que não farei nada!
Homens e mulheres são iguais, mas eu não sou obrigada a tomar iniciativa. Não num mundo de homens despreparados, num mundo de homens machistas que confundem simpatia, educação e cordialidade com “fácil acesso”. Num mundo de homens machistas que acham que, porque são bem sucedidos, ricos e bem vestidos devem ter a mais bela mulher aos seus pés. Bela, não valorosa, diga-se de passagem.
Quanto mais me deparo com uma imensidão masculina que não sabe distinguir educação e alegria de viver de “vulgaridade” e “facilidade”, mais eu gosto de ser como sempre fui. Direta nas palavras, discreta nas atitudes, praticamente inerte no que tange a contato com quem não me contata.
Santa? Não, nunca, jamais! Não existem mulheres santas, existem mulheres falsas e eu não sou “fazida”. Eu sou o que sou e faço o que quero. E eu não gosto de homens que não me procuram, não gostam de homens que não me galanteiam, não gosto de homens que não me tem como importante e não demonstram que me valorizam.
Simples, eu sou um espelho. Gosto de homens com atitude, porque eu não as tenho, não porque eu seja machista! Pelo contrário, eu tenho liberdade para ser o que quero e agir como eu quero, logo, não sou obrigada a procurar quem, se quisesse, me procuraria. É o meu jeito. Chato? Insuportável? Orgulhoso? Talvez. Mas sou feliz assim e meu jeito me faz bem. Com licença, mas só isso me importa.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 27 de abril de 2015. 

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