Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sem melosidade verbal, por favor!

Sem melosidade verbal, por favor!

Pessoas que se aproximam de uma ilustre desconhecida e rapidamente passam a chamá-la de “paixão”, “amor”, “coração” e “gata”: por que fazem isso? O que pensam? Deduzem que as mulheres são carentes? Não sabem conquistar?
Acham que ser “meloso” é ser romântico? Acham que palavrinha bonita afasta a idiotia inerente ao momento inoportuno em que são usadas? Acham que convencem alguém?
E se convencem: quem são as mulheres que gostam disso? Qual o “CID” da doença psiquiátrica que possuem? Por que são tão tolas? Por que se comovem com pouco (quase nada)?
Enfim, que gente sem noção é essa que usa palavrinhas adocicadas sem nem conhecer direito a outra e que tipo de gente sem noção ao quadrado elevada na décima potencia se comove com elas? As perguntas que não querem calar hoje e sempre em minha mente.
Sobre mim, uns apontamentos: não “mio” para ser chamada de gata, não lhe conheço para ser chamada de paixão, amor ou coração, não sou seu carro para ser chamada de sua (a versão piorada do “oi paixão” é o “oi minha paixão”).
Não sei se essa melosidade falsa é fruto do mundo que mais fala do que faz. Uma pessoa mal lhe conhece e chama assim, obviamente ela faz isso com todas (ou você é tapada o suficiente para se achar “especial”?), logo, é um reflexo do mundo que diz eu te amo só porque o pau tá duro.
Uma espécie de vulgarização dos sentimentos, ou melhor, das palavras sentimentais. É muito “eu te amo”, é muito “amor da minha vida” para pouco amor, ternura, respeito, afeto, admiração e cuidado.
Enquanto você não me conhecer bem, por favor, me chame de Cláudia. De Cláu talvez. Não ouse me chamar de “Claudinha”, porque eu detesto diminutivos e de “inha” não tenho nada, nem a paciência. Enquanto você não me amar, me chame de “linda”, até de “gostosa” entre quatro paredes se tivermos algo sério.
Mas, por favor, não seja como meus últimos namorados que disseram que me “amavam” em menos de 15 dias de namoro! E ouviram também, sabe por quê? Porque eu pago falsidade com falsidade e, convenhamos, tem horas que um “eu te amo” cai bem, mas ele não passa de algo tipo “ai, que sexo bom” se não tiver atitudes amorosas, carinho, cuidado. E sexo bom a gente encontra até pagando por aí, não precisa usar frases de efeito.  

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 20 de abril de 2014.


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