Sabendo apegar, sabendo desapegar!
Desapegue-se! Desapegue-se do que não faz sorrir,
do que lhe pesa os ombros, do que lhe frustra. Desapegue-se de lembranças boas
se o presente não é bom, desapegue de expectativas, apenas viva com realismo.
Está bom? Ótimo! Fique. Não está? Chute a bola,
siga adiante, desapegue-se! A vida é muito curta para você manter-se com quem não
lhe faz bem por medo de ousar, por medo de se desfazer de expectativas passadas
e frustradas.
Seja leal consigo mesmo! As coisas não precisam ser
eternas para lhe fazerem bem, elas só precisam ser boas. Só precisam lhe
marcar, lhe agradar pelo tempo exato em que forem boas.
Está para nascer um ser humano tão desapegado
quanto eu! E essa é uma das minhas maiores virtudes. Eu me apego por quem se
apega por mim e desapego quando analiso e concluo que mereço um
"apego" melhor. Simples assim! Ao menos para mim.
Se eu sempre fui assim? Não, obviamente não. O desapego
é algo que a gente conquista junto com a maturidade. Termino um relacionamento
hoje e não fico remoendo expectativas ou algo assemelhado. Na verdade eu nem
cultivo tantas expectativas quanto uma época cultivava.
De tudo em minha vida tenho apenas uma meta: manter-me
em paz e feliz, continuar sendo feliz. Não busco a cura para nada, porque não preciso
ser curada, não preciso ser salva, não preciso ser realizada ou “feita” feliz, porque
eu já sou. A esta altura da minha vida eu quero apenas manter o que já
conquistei sozinha ou acompanhada, ocorre que, se for esta (segunda) a minha
opção, então que seja bem, muito bem acompanhada!
Logo, se percebo incômodos e inconvenientes na
companhia de alguém eu desapego! Simples. Não tenho paciência para tolerar, não
tenho paciência com o que não me agrada e me perturba. Eu quero a cereja do
bolo, a alegria, a paixão, o lado bom. Quero o que aumente minha alegria, não o
que a abale. Quero ser eu mesma e rir ainda mais, quero borrar meu batom, não aceito
borrar o rímel.
Ninguém no mundo vale um rímel borrado, uma cara
fechada, mil encucações e insegurança. A regra na vida não é apenas o desapego,
mas o saber com quem e até quando se apegar. É uma questão de viver o momento:
agora com alguém, amanha sozinha, mas sempre feliz e de bem com a vida!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 26 de abril de 2014.
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