Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Bobagens

Bobagens 

Sentimentos humanos, por mais variados que sejam ou estranhos que possam parecer, são explicáveis. Quem é que nunca se sentiu sozinho mesmo estando acompanhado? 
Quem é que, acompanhado, não quis ficar sozinho e, quando só, não quis estar em boa companhia? Quem é que nunca magoou alguém sem querer, quem é que nunca se sentiu magoado e não teve força e vontade para compreender ao outro? 
Quem, enfim, nunca pensou em como seria sua vida se estivesse trabalhando noutro oficio, estagnado no amor do passado, se não tivesse, enfim, tido a ousadia de mudar? 
Por outro lado, quem é que, assumindo o risco da solidão, da ousadia de batalhar por uma carreira e por novas oportunidades longe de quem se ama, não derramou algumas lágrimas por solidão, por saudade ou por frustração? 
Frustração, porque pessoas devotas de Deus vivem esperando o melhor e, de repente, acham que encontraram alguém que lhes fará companhia, que será um bom parceiro, um amigo leal, mas se frustram. Se decepcionam pela milésima vez! 
Frustram-se e sentem-se só numa noite em que poderiam divertir-se acompanhadas. Mas, acompanhadas de quem? De quem lhes admira? De quem lhes adora? De quem por elas sente paixão? Ou por quem, simplesmente, deseja passar seu tempo e aproveitar-se de seu bom humor? 
Então, sozinhas na madrugada, longe de quem amamos, longe de quem um dia adoramos, nos sentimos sozinhas, mas não completamente tristes. Já somos meninas crescidas, não choramos por quem não nos preza, mas choramos por estarmos sozinhas numa noite que poderia ser muito bela e terminamos por nos recordar de como eram alegres as noites na companhia de quem, realmente, tinha carinho e admiração por nós. 
Talvez sejam os hormônios, talvez seja a solidão, talvez seja a insegurança, talvez seja a saudade dos tempos em que éramos amadas, admiradas e adoradas. Talvez seja qualquer bobagem, mas bobagens, de vez em quando, também nos causam dor. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 30 de maio de 2013.

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