Pacíficos
Não tenho nada contra o divórcio. Nem todos têm sorte e sabedoria para cultivar um relacionamento com base na parceria, na confiança, na cumplicidade e na lealdade, para quem não consegue, existe a separação e um novo começo.
O que eu acho muito estranho é o materialismo que circunda o conceito de casamento para algumas pessoas, que não desejam encontrar um parceiro para construir uma vida ao seu lado, mas encontrarem um banco para financiar-lhes.
Logo, admiro os casais antigos, aqueles em que, independente da mulher trabalhar fora, ela ajudava o esposo em seus negócios, fossem eles no campo ou na cidade. Havia tolerância, vontade de vencer juntos, de crescer, de evoluir. Havia o que falta nos casais “independentes” de hoje em dia.
Eu não simpatizo com a mania infeliz de certas pessoas em agir como se o outro fosse substituível, como se ele pudesse ser deixado de lado como um objeto sem valor, não aceito a ideia de casar-se com alguém e, sem tentar ceder, deixá-lo de lado como se ele fosse uma boneca de criança que, de tão usada, causou enjoo.
Ah, “não esta dando certo? Então separa”. Essa visão além de simplista é de uma frieza sem tamanho e olha que eu sou uma pessoa bastante objetiva nos meus relacionamentos. Se eu vejo que não vai para frente, que vou me incomodar muito, pulo do barco e desisto do romance, mas isso sem ser casada, é claro.
Do contrário, é preciso ter força de vontade para fazer a relação fluir, para leva - lá adiante, para evitar a sua bancarrota. É preciso tentar inovar, renovar, agir, reagir e, se mesmo assim, se constatar que o amor virou mito, a separação surge como a melhor solução.
Todavia, antes disso, é necessário exercitar a tolerância, a paciência, a capacidade de compreender ao outro, de colocar-se no lugar dele, é preciso, pois, usar de todos os artifícios que o amor nos possibilita usar, é preciso, pois, lutar para fazer dar certo.
Ninguém é igual a ninguém, ninguém é perfeito e ninguém é melhor do que ninguém. Então respeite ao outro e ao seu jeito de ser, aceite-o, respeite-o, compreenda-o e não exija demais dele, não queira dele o que nem você pode lhe dar.
Queira, isto sim, amar e ser amado, respeitar e ser respeitado, ser indulgente e receber indulgencia, tente aceitar as esquisitices, as manias, os hábitos e o jeito peculiar do outro, assim como ele ao seu.
Queira abrir seu coração para o amor, seja um bom parceiro, um bom companheiro, pois, seguidamente, um bom casamento é construído com base na tolerância, no bom humor, na parceria, na cumplicidade e no companheirismo. Sem muitos segredos, faz-se necessário, isto sim, uma boa dose de pacificidade e boa vontade.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 27 de maio de 2013.
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