Limites da desconfiança
De regra existem dois tipos de pessoas estranhas no mundo: as que querem exibir-se e parecerem “mais” e “melhores” do que são e as que se omitem tanto que, da mesma forma, transparecem ser quem, na realidade, não são.
Tem aquelas pessoas que necessitam expor suas experiências, suas vivencias e suas aventuras como se fossem as únicas pessoas ousadas e cheias de boas recordações na terra.
Outras, por sua vez, têm medo de contar o que lhes ocorre. Dizem que sentem receio de serem “invejadas” e têm medo da inveja alheia. São, no fundo, egocêntricas e narcisistas, pois super valorizam a própria felicidade a ponto de achar que ela “chocará” alguém.
Eu acho que existem coisas que se fazem entre quatro paredes, eu acho que existem momentos que não precisam ser relatados para ninguém, eu acho que o bom da vida a gente faz a sós e bem acompanhado, mas não precisa publicar na internet ou num outdoor.
Todavia, não é preciso esconder o óbvio do mundo.
Não é preciso ser paranoico e ter medo da reação das pessoas frustradas em relação a sua felicidade, o que não afasta a necessidade de ter um pouco de receio quanto aos seres humanos, afinal, esta é a raça menos leal e confiável da face da terra, todavia existe limite para tudo, inclusive e principalmente, para a sua desconfiança.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de maio de 2013.
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