Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 19 de maio de 2013

Espontânea e transparente

Espontânea e transparente 

Às vezes acho que com a minha idade e experiência de vida eu devia aprender a seguir os conselhos de revistas femininas. Sei lá, aqueles do tipo, não diga o que você, realmente, pensa ou sente, não fale nada que envaideça o pretendente e etc.. 
Enfim, todavia eu não sou o tipo de pessoa que segue conselhos de revistas, a menos que a editora fosse a minha mãe. Se alguém me desperta o interesse eu não corro atrás, não persigo, não dou em cima, mas não consigo deixar de dizer se estou me sentindo bem ou mal, se estou contente, se estou animada ao seu lado. 
Sou espontânea demais para ser calculista na vida afetiva, para ficar fazendo pseudo contas a respeito do que devo ou não devo manifestar, dizer e demonstrar. Se eu gosto, eu gosto, se não gosto, eu sumo, simples assim. 
E quando gosto, se não posso ser carinhosa fisicamente, eu sou verbalmente: não escondo e não omito o que penso, o que sinto, enfim, não dou importância para o que irão pensar ou deixar de pensar a meu respeito. 
Sei, isto sim, que eu não deixo de dizer a ninguém o bem que essa pessoa me faz, o entusiasmo que me causa, o encantamento que me conquista lentamente. Não tenho malicia, não tenho aquela tal capacidade de “me fazer”, de esconder o que sinto para parecer que sou complicada, intocada e difícil, o tipo de mulheres que as revistas dizem que agradam aos homens. 
Eu valorizo meus sentimentos e meu corpo, logo, sou lenta para algumas coisas, mas não contenho a vontade de dizer o que sinto, não finjo que não estou nem aí, quando estou encantada. Sou espontânea e transparente, logo, se isso for defeito, coitadinha de mim! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 19 de maio de 2013.

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