Retrospecto
Eu sei que se frustrar é ruim. Eu sei como a gente se sente mal, como a alma dói e o coração bate fraquinho quando a gente se frustra, se decepciona, enfim. Conheço muito bem a dor da decepção depois da empolgação.
Mas eu não sou o tipo de pessoa que desiste de sentir emoções fortes, que desiste de encontrar algo que me anime e me empolgue e não venha a me desapontar. Como diria o grande Roberto Carlos “em paz com a vida e o que ela me traz na fé que me faz otimista demais se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi.”
Então eu não perco a fé na vida e nas pessoas, mas de vez em quando a gente se cansa. Vixe! E como cansa! Têm dias que a gente só tem vontade de ficar quieto, sem olhar nos olhos de ninguém, sem falar com pessoa alguma.
Têm dias que a frustração dói demais, têm dias que a dor do confiar, do se empolgar e do se animar com alguma coisa, algum objetivo ou algum ser humano, e depois nos desapontarmos deixa-nos mais exaustos do que correr uma maratona.
Recordo-me de minhas experiências, do quanto eu dei de mim, do quanto eu confiei, das viagens que fiz, do animo que eu tinha, da confiança que eu sentia, até perceber que estava vivendo uma ilusão.
Até perceber que a pessoa que me empolgou, não era aquela que eu pensava que ela era. Tola eu, é claro. Seguidamente, no afã de encontrar “aquela” pessoa, a gente olvida dos detalhes, que, normalmente, são o que existe de mais importante, e termina quebrando a cara. Quebrando feio!
Sei lá o que lhes faltava, brio, dedicação, independência, vontade de crescer na vida, de sair do comodismo e da zona de conforto, nem me recordo direito o que me irritava, a insegurança, os ciúme ofensivo, a arrogância ou a vontade de tornar-me uma pessoa diferente.
Também não me esqueço de pequenas paqueras, da minha ilusão estúpida de que esta ou aquela pessoa era especial ou estava gostando de mim. Algumas se apaixonaram, outras não tiveram coragem de sair do chão, talvez, porque não se mande no coração, talvez porque não tinham experiência de vida suficiente com mulheres inteligentes, sofridas, independentes e espertas.
Sei lá, de tudo resta o fato de eu não desistir de buscar fortes emoções, mas que seja com pessoas maduras, com quem sabe o que quer de uma mulher, com quem sabe o que quer da vida, não com gente confusa, com gente que não sabe direito o que espera do sexo feminino, enfim, de gente complicada, inexperiente, mal resolvida e imatura eu só quero uma coisa: distancia!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 31 de maio de 2013.
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