Cale-se III
Dizem que a gente não se arrepende do que faz, mas do que deixa de fazer, do que deixa de tentar, do que deixa de ousar. Com prudência, concordo plenamente com este pensamento.
Todavia, em algumas situações, eu acho mais elegante e saudável arrepender-se do que se fala, não do que e porque se cala. O silencio é amigo das pessoas inteligentes, o silêncio é irmão da esperteza.
Falar tudo o que você pensa sobre tudo, contar tudo o que você fez na vida para pessoas estranhas, contar para quem não é seu intimo as intimidades de sua vida não é legal, não é inteligente e, sobretudo, não é nada elegante.
Reserve-se um pouco. Se abra, se divirta, dê risadas, mas guarde um pouco das suas experiências, dos seus pensamentos, do seu jeito, da sua intimidade para você mesmo.
Não se revele demais, não se desnude psiquicamente na frente de pessoa alguma, eu garanto, ninguém merece saber detalhes da sua vida, se existe alguém que mereça, essa pessoa já sabe sem que você lhe tenha contado.
Seja humorado, seja alegre, seja espontâneo, mas seja um pouco discreto, um pouco silencioso. Existem coisas a seu respeito que ninguém precisa saber. A vida é sua e você faz o que lhe convém, não precisa, porém, anunciar isso aos quatro ventos, portanto cale-se.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 21 de maio de 2013.
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