Exagerados, completamente exagerados.
Quem nunca bebeu ou comeu demais e ficou com ressaca moral noutro dia ou em seguida? Quem nunca exagerou nas compras e se arrependeu depois? O exagero é, portanto, um inimigo da tranqüilidade moral humana.
Duvido que exista um ser humano adulto que nunca bebeu além da conta e ligou pra quem não devia, duvido quem nunca tenha exagerado no álcool e falado algum tipo de asneira ou usado de uma sinceridade tosca.
Da mesma forma que duvido muito que nenhuma mulher tenha saído para comprar um sapato e voltado para casa endividada pelos próximos seis meses. O segredo da vida tranquila é o equilíbrio, mas será que ele é fácil de ser atingido?
Claro que não! As pessoas bebem, porque estão felizes, bebem porque estão tristes, comem por tristeza, comem por ansiedade, comemoram por alegria, gastam porque precisam, exageram porque cobiçam, enfim, de perfeito, pouco ou nada existe nos seres humanos.
Que levante a primeira pedra quem nunca exagerou ou quem nunca se arrependeu por ter exagerado, quem nunca chorou além da conta, quem nunca bebeu e ficou chato, quem nunca usou os ouvidos alheios de lenço para secar as suas lágrimas!
Enfim, ninguém é perfeito e ninguém é mestre quando o assunto é equilíbrio e autocontrole, chega um dia que a raiva domina, que a gula predomina, em que a vontade de afogar as mágoas ou “bebemorar” prevalece, enfim, todos tem um dia de exagerados, completamente exagerados.
Sorriso/MT, 02 de maio de 2013.
Cláudia de Marchi
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