Medos II
A principal diferença entre homens maduros e imaturos é que os primeiros sabem reconhecer uma exceção e, por medo de perdê-la, fazem de tudo para estar ao seu lado.
Os imaturos, por sua vez, nem sempre reconhecem uma mulher rara e terminam, por medo de se decepcionar, desperdiçando a joia por já terem visto bijuterias brilhantes demais.
Todavia, a vida ensina as pessoas a serem mais perspicazes em seus relacionamentos, ela ensina os indivíduos a conhecerem uns aos outros de forma mais rápida e, principalmente, lhes ensina a temer menos.
Ter medo de sofrer e de se desiludir é normal, mas deixar de vivenciar algo ou prostrar-se por ele é tolice.
O mesmo medo que você tem de uma aranha não pode ter de uma mosca, logo, é preciso ter boa visão para distinguir uma mosquinha de uma aranha venenosa.
Logo, seja cauteloso, mas não seja medroso, seja cuidadoso, mas não seja covarde, confie na sua intuição, confie no que você sente, confie naquilo que a voz em seu interior lhe diz. Não tenha pressa, mas também não vá muito devagar.
Todos querem a melhor vaga de estacionamento, o melhor emprego, a melhor carne na churrascaria, então, se agilize, pois se a lentidão lhe dominar, você perde o que poderia ter sido seu e não foi, graças ao seu medo vão de reviver dores e enfrentar seus medos.
Memórias de sofrimento, de desilusões e de decepções todos guardam. Ninguém é e nem nunca foi ou será imune a dor. Ocorre que o que diferencia as pessoas felizes das infelizes é a capacidade de confiar novamente e de apostar num futuro melhor apesar de seus pesares já passados.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 24 de maio de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.