Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Independente

Independente 

Não, eu não quero depender de alguém. Amar, respeitar e ser aceita como sou já me basta. Dependência emocional não combina comigo, desejo e bem querer sim. Precisar da opinião da outra pessoa para toda e qualquer decisão que eu for tomar não faz parte do meu ideal de amor. Tenho a alma livre. Penso como penso, gosto das idéias que tenho e não me faz bem precisar consultar alguém antes de efetivá-las. 
Falo em “precisar”, não em querer. Se eu, apaixonada, quero a opinião do outro, sempre irei pedir, o que não me agrada é alguém que me impõe a necessidade de perguntar tudo para ele, como se ele fosse gestor da minha vida e do meu destino. 
Parceria e cumplicidade, para mim, não estão implícitos nesta dependência emocional e afetiva. Ser parceiro é estar junto, ao lado do outro, mesmo quando você acha que ele esta fazendo uma loucura, mesmo quando o programa é chato, o filme ruim, os amigos irritantes. 
 Ser cúmplice é aceitar o outro e “desfazer-se” de conceitos: o que é bom ao seu conceito e não é no alheio, não deixa de lhe agradar, mas não precisa, obrigatoriamente, obter a mesma consideração do outro. Um acha bom, outro acha ruim, ambos se respeitam e conseguem viver harmonicamente com isso. O bom e o ruim, o certo e o errado, deixam de existir dentro de um lar harmônico! 
Enfim, existe certa diferença entre ser individualista num relacionamento e cultivar a sua individualidade. Ser individualista é pensar em si mesmo em detrimento do bem estar do outro e do relacionamento, beirando ao egoísmo. 
Manter certa individualidade é cultivar o seu jeito, sua forma de pensar e de viver para que a relação não termine por você ter ignorado o seu amor próprio em prol dela. É por pensar na sua vida ao lado da outra pessoa que você tem sua individualidade. Não existe amor verdadeiro quando se ama mais ao outro do que a si próprio. 
Agora, se você precisa ouvir um “aham” para tudo, se você quer um relacionamento em que o outro lhe peça satisfação acerca de tudo o que ele deseja fazer, desde sua estética até suas roupas e profissão, então você quer contratar um empregado e não estabelecer um relacionamento amoroso. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 16 de maio de 2013.

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